ATA DA CENTÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 11-11-2013.

 


Aos onze dias do mês de novembro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Derly, Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 262/13 (Processo nº 2272/13), de autoria do vereador João Derly e da vereadora Luiza Neves; o Projeto de Resolução nº 048/13 (Processo nº 3020/13), de autoria do vereador João Carlos Nedel; o Projeto de Lei do Legislativo nº 262/13 (Processo nº 2272/13), de autoria da vereadora Luiza Neves; e o Projeto de Resolução nº 037/13 (Processo nº 2760/13), de autoria do vereador Pedro Ruas. Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do senhor Prefeito: nº 1330/13, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 043/13 (Processo nº 3140/13); e nº 1350/13, informando sua ausência do Município das dezessete horas e quarenta minutos do dia nove às vinte e uma horas e vinte e cinco minutos do dia de hoje, para participar de Audiência Pública sobre políticas de atenção aos animais, no Auditório da União dos Municípios da Bahia, no Município de Salvador – BA. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 395 e 427/13, do senhor Jeferson Assunção, Secretário Adjunto da Secretaria de Estado da Cultura. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Septuagésima Oitava, Septuagésima Nona, Octogésima, Octogésima Primeira, Octogésima Segunda e Octogésima Terceira Sessões Ordinárias. A seguir, o senhor Presidente informou o não comparecimento da entidade agendada para uso do período de Tribuna Popular na presente Sessão. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos. Em continuidade, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do octogésimo quinto aniversário do Rotary Club de Porto Alegre, nos termos do Requerimento nº 186/13 (Processo nº 3054/13), de autoria do vereador Dr. Thiago. Compuseram a MESA: os vereadores Dr. Thiago e Bernardino Vendruscolo, respectivamente Presidente e 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; os senhores Delmir Bisinela, Presidente do Rotary Club Porto Alegre; Cláudio Carvalho Mello, Presidente da Fundação Rotariana de Porto Alegre; e Settimio Bartolucci, Presidente do Rotary Club Porto Alegre Leste, Distrito 4670. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Dr. Thiago. A seguir, o senhor Presidente convidou o vereador Dr. Thiago a proceder à entrega de Diploma alusivo à presente solenidade ao senhor Delmir Bisinela e concedeu a palavra ao senhor Cláudio Carvalho Mello, que agradeceu a homenagem prestada por este Legislativo. Às quinze horas e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e onze minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Any Ortiz e os vereadores Tarciso Flecha Negra, Idenir Cecchim, Bernardino Vendruscolo e Airto Ferronato. Na ocasião, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao vereador Clàudio Janta, que relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, do dia sete ao dia nove de novembro do corrente, na 7ª Conferência Internacional Bioma Pampa, no Município de Santana do Livramento – RS. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Alberto Kopittke, Guilherme Socias Villela, Alceu Brasinha, Clàudio Janta, Idenir Cecchim e Engº Comassetto, este em tempo cedido pelo vereador João Derly. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador João Derly. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se a vereadora Mônica Leal e o vereador Alceu Brasinha, este em tempo cedido pelo vereador Nereu D'Avila. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Engº Comassetto, Mario Fraga, Sofia Cavedon, Delegado Cleiton, João Carlos Nedel e Clàudio Janta. Durante a Sessão, o vereador Bernardino Vendruscolo e a vereadora Sofia Cavedon manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e quarenta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Roni da Silva, Presidente do Centro Comunitário Entrada da Cidade – Cecoec, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo à construção do Centro Comunitário e contrapartida OAS. (Pausa.) Ausente.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar no período de Comunicações. Após, retornaremos à ordem normal.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a assinalar o transcurso do 85º aniversário do Rotary Club de Porto Alegre, nos termos do Requerimento nº 186/13, de autoria deste Vereador.

Convido o Ver. Bernardino Vendruscolo para presidir os trabalhos.

 

(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Convidamos para compor a Mesa: o Sr. Delmir Bisinela, Presidente do Rotary Club de Porto Alegre; o Sr. Cláudio Carvalho Mello, Presidente da Fundação Rotariana de Porto Alegre, e o Sr. Settimio Bartolucci, Presidente do Rotary Club Porto Alegre Leste, Distrito 4670.

O Ver. Dr. Thiago, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DR. THIAGO: Ilustre Ver. Bernardino Vendruscolo, que preside os nossos trabalhos neste momento. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É uma satisfação podermos estar aqui juntos comemorando os 85 anos do Rotary Club de Porto Alegre, uma instituição dada à fraternidade, à irmandade e, sem dúvida nenhuma, que procura auxiliar a comunidade porto-alegrense, gaúcha e brasileira nos momentos mais difíceis e mais tênues da sua existência. Podemos observar diversas ações do Rotary em situações de crise, nas campanhas em que, porventura, nós temos a grande dificuldade de fornecer alimentação, roupas e agasalhos. O Rotary Club está presente nos momentos mais cruciais em que a população porto-alegrense necessita, mas não é só nesse tipo de situação que observamos a importante presença do Rotary Club. Engajado nas ações sociais, nas comunidades mais carentes desta Cidade, identificamos também a presença do Rotary Club, promovendo ações em saúde, ações de cidadania, principalmente nos problemas mais cruciais de Porto Alegre. E o meu engajamento, apesar de não ser rotariano, às atividades do Rotary, vem efetivamente nesses momentos. Temos, aqui na Casa, um grupo que discute a questão vinculada ao planejamento familiar, a questão de dar a possibilidade para que as mulheres e as famílias possam, de forma livre e consciente, caro Presidente Delmir, escolher quantos filhos vão ter. E lá está presente o Rotary, lá está presente a sociedade civil organizada, representada pela instituição rotariana, discutindo, apontando soluções, apontando sugestões e construindo, junto com os demais órgãos privados e públicos, uma forma de resolvermos esses problemas. Quando se fala na questão da drogadição, um problema sério que assola as famílias porto-alegrenses, gaúchas e brasileiras; quando abrimos um fórum de discussão sobre esses temas, lá está presente o Rotary, mais uma vez. Infelizmente, hoje, nesta segunda-feira, temos diversas situações vinculadas à questão da drogadição sendo discutidas País afora. Temos uma situação que está sendo deslindada pela polícia civil de São Paulo, vinculada à questão da drogadição: o padrasto de um menino, que utilizava o telefone do menino para obter droga. Na semana passada, tivemos, nesta Cidade, um caso de duas crianças que acabaram carbonizadas em função, também, de um membro da família, que quis obter a droga e, para isso, utilizou todos os instrumentos possíveis e imagináveis. E nessas discussões legislativas – nós devemos dizer aqui em alto e bom som -, o Rotary, nesta Casa, tem-se feito presente para discutir as reais necessidades das comunidades e as possibilidades efetivas de se resolver esses problemas.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu ouço V. Exa. com maior atenção. O seu pronunciamento é de tamanha relevância, que eu tenho até um certo constrangimento em interrompê-lo, mas, dada a benevolência de sua parte, eu produzo este aparte, primeiro, para registrar a minha alegria em receber, aqui na Casa, os meus companheiros de Rotary, desde o Delmir Bisinela, nosso Presidente do Rotary Club de Porto Alegre; o Claudio Carvalho Mello, Presidente da Fundação Rotariana de Porto Alegre, meu irmão, meu parceiro, companheiro de grandes jornadas; e o Settimio Bartolucci, Presidente do Rotary Club de Porto Alegre Leste, Distrito 4670. Não podia esta Sessão ter uma homenagem tão significativa como esta que ocorre, presidida pelo Ver. Bernardino Vendruscolo, e coordenada e oficiada por V. Exa., nós temos certeza que temos uma solidez nesta homenagem com colunas muito consistentes para fazê-la forte e resistente e, mais do que isso, justificada. Eu tive que fazer várias opções na vida; uma delas, muito presente, eu tive que optar entre ingressar no Rotary ou ceder à tentação de alguns colegas que me chamavam para ser companheiro dos senhores que se encontram nessa jornada tão significativa que os irmãos constroem neste País, há muito tempo. Por isso, eu tomei a ousadia de apartear para dar a minha solidariedade em nome do meu partido, o Democratas, e a minha pessoal; e, sobretudo a minha alegria em saber que em um dia tumultuado como o de hoje, em que as águas jorram pela Cidade, nós estamos aqui na Câmara de Vereadores homenageando o Rotary Club de Porto Alegre, o mais antigo clube Rotary da Cidade, por mais um aniversário significativo, sabendo que ele, como precursor que é do movimento Rotary de Porto Alegre, continua tendo a responsabilidade de ser o nosso grande líder e construtor do caminho que nós temos que perseguir, sempre fazendo da solidariedade, do servir o nosso objetivo fundamental. Alegria, Presidente, muito forte, V. Exa. me dá. Eu como rotariano agradeço penhoradamente a iniciativa de propor e coordenar esta homenagem ao tempo em que fico mais satisfeito ainda, sabendo que o grande Bernardino Vendruscolo é o Presidente dos trabalhos nesta hora. Dupla das melhores! Uma homenagem das mais corretas! Alegria das mais profundas! Meus cumprimentos!

 

O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero cumprimentar o Presidente Bernardino, os presidentes, do Rotary e desta Casa, por esta linda, rica e valorosa homenagem, porque sabemos que o Rotary é solidário com o ser humano. Isso é muito importante. Eu tive a oportunidade de, com meu companheiro e amigo Bernardino, conhecer algumas pessoas do Rotary e saber mais sobre o Rotary. Até então, para mim, era um nome muito grande – o Rotary. Aí fiquei sabendo o que o Rotary é neste País. Então, quero dar, em nome do PSD, e em nome deste Vereador, Tarciso Flecha Negra, parabéns a ti, Thiago. Parabéns a todos vocês e continuem contando com esta Casa, porque vocês são solidários e fazem este País. Obrigado.

 

O Sr. Elizandro Sabino: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Presidente, Dr. Thiago, eu quero, em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, dos Vereadores Cassio Trogildo, Paulo Brum e Alceu Brasinha, parabenizar V. Exa. pela brilhante iniciativa de hoje, trazendo aqui a referência, a homenagem aos 85 anos do Rotary Club de Porto Alegre. Todos conhecem o trabalho que o Rotary desenvolve, é um brilhante trabalho, um trabalho que é reconhecido por todos. Esta Casa Legislativa, a Câmara Municipal de Porto Alegre, associa-se a esta justa homenagem. Naturalmente, quando referimos um período tão longo, 85 anos, quantas histórias, quantas conquistas, quantas realizações estão inseridas dentro desse contexto de 85 anos! Portanto, Ver. Bernardino, que preside os trabalhos neste momento; Presidente desta Casa, Ver. Dr. Thiago, não poderia vir de outro colega, senão de V. Exa. esta atitude tão meritória, tão importante. V. Exa. tem esse feeling, essa percepção de trazer a esta Casa homenagens a grandes instituições. Portanto, em nome do PTB, queremos nos associar a esta homenagem, parabenizar V. Exa. e também ao Rotary Club pelos seus 85 anos. Parabéns, mais uma vez.

 

O Sr. Mario Fraga: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador-Presidente, Ver. Dr. Thiago, falo aqui aos rotarianos e ao Presidente Bernardino, em nome da nossa Bancada do PDT – da qual V. Exa. também faz parte -, e dos Vereadores Nereu D’Avila, Márcio Bins Ely, Ver. Delegado Cleiton e da nossa querida amiga Ver.ª Luiza Neves. Eu, em especial, tenho uma aproximação com Rotary, só não sou rotariano ainda por detalhe, Dr. Thiago. Então, queria dar os parabéns a V. Exa. pela justa homenagem aos 85 anos de Rotary. Eu que tenho amigos bem próximos, que são do Rotary Floresta, o Rui Salvatori e a Carmen Savaltori, Presidente e esposa, meus amigos há mais de 30 anos, e por intermédio deles, participei de algumas atividades do Rotary. Eu tenho certeza que, nesses 85 anos, o que já fez de bem para a nossa sociedade, a sociedade como um todo, não só para Porto Alegre, para o Rio Grande do Sul, para o Brasil e para o mundo. Muito obrigado e meus parabéns, Dr. Thiago.

 

O SR. DR. THIAGO: Obrigado, Ver. Mario Fraga.

 

O Sr. Guilherme Socias Villela: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo, na presidência dos trabalhos, e meu caro Presidente que homenageia o Rotary, eu quero lhe dizer, Presidente – e obrigado por conceder-me o aparte –, que, quando fui Prefeito de Porto Alegre, tive muita oportunidade de apreciar o trabalho incansável e expressivo do Rotary. Por isso tudo, quero trazer à colação minhas homenagens aos dirigentes aqui presentes e uma homenagem a V. Exa. pela iniciativa. Muito obrigado.

 

O SR. DR. THIAGO: Obrigado, Ver. Guilherme Socias Villela.

 

O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador-Presidente, venho aqui em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores trazer os cumprimentos ao Rotary Club de Porto Alegre. Oitenta e cinco anos são uma bela caminhada. Oxalá todos nós cheguemos com energia aos 85! Viemos aqui desejar a todos vocês a continuidade desse trabalho, pois construir a paz e a afirmação da cidadania não é nada fácil, e essa é uma dedicação do dia a dia. Os nossos cumprimentos, cumprimentos ao Presidente, contem sempre conosco. Muito obrigado.

 

O SR. DR. THIAGO: Obrigado, Ver. Engº Comassetto.

 

O Sr. Clàudio Janta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Presidente; Presidente que dirige os trabalhos; rotarianos que estão aí, este é o papel fundamental do Rotary, é o que leva o nome do nosso Partido – eu falo aqui em nome da Bancada do Solidariedade. Nos momentos em que a sociedade mais precisa, lá está junto o Rotary, lá está presente o Rotary, muitas vezes, chegando antes até do que os órgãos públicos; chegando, muitas vezes, antes do que a sociedade pensa, lá está presente o Rotary, ajudando o povo sempre, sendo solidário com o povo dos Municípios, estendendo a mão. Então, eu queria agradecer a V. Exa. por trazer à Casa do Povo essa homenagem aos 85 anos do Rotary.

 

O SR. DR. THIAGO: Obrigado.

 

O Sr. Paulinho Motorista: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Boa-tarde, Presidente Bernardino Vendruscolo em exercício, aos demais da Mesa, aos dirigentes do Rotary. Parabéns, Dr. Thiago, pela sua iniciativa. Quero dizer, em nome da Bancada do PSB, do meu Líder, Airto Ferronato, que só tenho a dar os parabéns, porque a gente, sempre que lembra do povo de Porto Alegre, lembra muito das ações do Rotary, que são muito importantes para a nossa Cidade e, como disse o nosso Ver. Mario Fraga, para o mundo inteiro. A gente só tem a dizer que está aí para colaborar com vocês. No que precisar, contem com a gente, com a Bancada do PSB. Parabéns a vocês, parabéns ao Rotary e parabéns ao Dr. Thiago por esta iniciativa, por sempre estar trazendo essas maravilhas da comunidade de Porto Alegre.

 

O SR. DR. THIAGO: Obrigado, Paulinho. Esta homenagem foi aprovada por todos os Vereadores, a quem agradeço.

Quero finalizar, meu caro Claudio Carvalho Mello, frisando que a importância do Rotary está exatamente nisso: na fraternidade. O Rotary prega a união e, principalmente, a construção coletiva de uma qualidade de vida cada vez melhor. Quero pedir ao Rotary que efetivamente continue construindo com esta Casa, continue construindo com estes Legisladores, conosco, com estes Vereadores, com todos nós, e sugerindo soluções para que esta Cidade seja cada vez melhor.

Parabéns pelos 85 anos, e que possamos comemorar mais 85 aniversários dessa tão importante instituição para o País, para o Estado, mas, principalmente, para a nossa querida Porto Alegre. Parabéns pela existência, vida longa ao Rotary Club de Porto Alegre! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, Presidente desta Casa, Ver. Dr. Thiago, proponente desta homenagem. Convido o Ver. Dr. Thiago a proceder à entrega do Diploma alusivo à data ao Sr. Delmir Bisinela, Presidente do Rotary Club de Porto Alegre.

 

(Procede-se à entrega do Diploma.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Sr. Cláudio Carvalho Mello, Presidente da Fundação Rotariana de Porto Alegre, está com a palavra.

 

O SR. CLÁUDIO CARVALHO MELLO: Boa-tarde a todos. É uma satisfação muito grande estar aqui hoje por delegação do nosso Presidente Delmir Bisinela, tendo a honra de falar sobre uma instituição que, pela sua grandeza e volume de trabalho apresentado, para dizer tudo sobre ela se torna muito difícil; mas, falando sobre as ações que ela pratica, a tarefa fica bastante fácil.

Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu gostaria de falar brevemente sobre a história do Rotary, sobre como chegamos aqui. Em 1928, ano em que o Rotary foi fundado, era Presidente do Rotary Internacional o norte-americano Israel Sutton, radicado na cidade de Tampico, no México, a quem coube assinar a nossa Carta Constitutiva, esse marco que trouxe ao sul do Brasil a existência do Rotary. Quando da fundação, Porto Alegre pertencia ao Distrito nº 53; hoje, pertence ao nº 4.680. O governador do distrito era um médico argentino, pintor, poeta e novelista, Cupertino Del Campo, sócio do Rotary Club de Buenos Aires. Era Governador do Estado, naquela época, o Dr. Getúlio Dornelles Vargas, que, depois, assumiu a Presidência da República. Uma das mais notáveis características da Cidade naquela época era a chegada ou a partida dos grandes navios costeiros com capacidade de até cinco mil toneladas, que levavam as mais importantes pessoas da comunidade em suas viagens para Santos, Bahia e Rio de Janeiro, especialmente. A Varig – saudosa Varig –, nascida em 1927, um ano antes, fazia a linha Porto Alegre/Rio Grande/Pelotas em seus hidroaviões, que decolavam das águas do rio Guaíba, em verdade um grande estuário que banha a nossa Capital gaúcha. Nessa época, convalescendo dos males da 1ª Guerra Mundial, a sociedade ocidental absorvia as lições que o grande conflito legou à humanidade. No Brasil, a crise política, econômica e social fazia agonizar a 1ª República, e articulava-se a Revolução de 1930. Dentro desse cenário, em 1928, James Roth, um norte-americano, amigo pessoal de Paul Harris, fundador do Rotary Internacional, uma figura lendária por suas intensas atividades em torno da implantação do Rotary em nossa região e também na Europa, veio a Porto Alegre para fundar o nosso clube. Neste momento, não há como não destacar a figura lendária de Paul Harris, fundador do Rotary Club, que, junto com mais três amigos, na cidade de Chicago, estabeleceu uma conexão internacional de boa vontade que, hoje, tem um exército de colaboradores. São mais de 34.500 clubes no mundo inteiro, Sr. Presidente, são mais de 1.400 rotarianos e rotarianas no mundo inteiro. Estamos presentes em 219 países. No Brasil, temos 2.380 clubes; no Rio Grande do Sul, 269; e, em Porto Alegre, 27 clubes. Em Porto Alegre, estão sediados dois distritos de Rotary, que totalizam, no mundo inteiro, 532. Essa é uma importância significativa que o Rotary dá à cidade de Porto Alegre, distinguindo-a com dois distritos: o 4.670, aqui representado hoje pelo companheiro Valério; e o 4.680, ao qual pertence o Rotary Club de Porto Alegre.

Voltando a James Roth, ele percorreu mais de 280 mil quilômetros na América com a missão de expandir os clubes de Rotary, fundando 83 clubes. Em 9 de novembro de 1928, James Roth reuniu os fundadores do Rotary Club de Porto Alegre numa cerimônia realizada no Clube do Comércio. Eu quero aqui fazer uma homenagem ao Clube do Comércio, porque, durante 82 anos, o Rotary Club de Porto Alegre se reuniu nas dependências desse clube, só deixando de estar se reunindo lá hoje por uma reforma interna que foi feita e que tornou inviável a nossa reunião lá. A fundação do Rotary teve 19 associados e foi um marco pioneiro porque, no sul do Brasil, considerando Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, não havia clubes de Rotary. Havia de São Paulo para cima e no Uruguai e na Argentina; o de Porto Alegre foi o primeiro dos clubes fundados. Figuras lendárias fizeram parte dessa fundação. Se caminharmos hoje pelas ruas de Porto Alegre, vamos encontrar vários nomes que fizeram parte: A.J. Renner e Florêncio Ygartua fizeram parte da história do Rotary de Porto Alegre, presidiram o Rotary de Porto Alegre. Hoje o nosso clube, que foi esse pioneiro, secundado pelo Rotary Club de Pelotas e o de Rio Grande, gerou a existência de clubes em praticamente todos os Municípios do Estado. E esse exército dos rotarianos e rotarianas se dedica a uma causa que tem um lema: dar de si antes de pensar em si. Esse é o propósito do nosso trabalho, esse é o objetivo do nosso trabalho: trabalhar em prol das causas em que a sociedade é demandante na medida em que carece do apoio das pessoas que têm possibilidade de ajudar.

Das realizações do Rotary em Porto Alegre, vou citar algumas, entre as quais o Parque Farroupilha, que vem, desde o século passado, sendo criado. O Rotary participou ativamente de vários momentos, até chegar ao tombamento do Parque Farroupilha, em 1997, pelo Município de Porto Alegre, sob registro nº 45. O Leprosário de Itapuã, outra ação em que o Rotary teve expressiva atuação; o Amparo Santa Cruz também foi uma obra do Rotary. E aqui eu quero sintetizar todas as obras numa, em especial, que é a Spaan, nossa tão conhecida Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados, que tem 82 anos. Então, lá nos primórdios do Rotary, os rotarianos já estavam preocupados com a causa social, e essa casa, a Spaan, que hoje abriga mais de 130 idosos, alguns até acamados, porque se não estivessem lá não teriam para onde ir. É uma obra fundada pelo Rotary e até hoje por ele administrada. A presidência está com os companheiros do Rotary Club de Porto Alegre Norte, e em várias diretorias estão os clubes representados. Também trabalhando na área da educação, o Rotary instituiu, em 1933, o prêmio Melhor Companheiro – companheiro é a forma como nós rotarianos nos tratamos. E ao que visa o melhor companheiro? Distinguir nos alunos das quintas séries –uma eleição entre os alunos das escolas – para que eles escolham dentre seus pares quem é o melhor companheiro, e este melhor companheiro é homenageado nos clubes, recebendo um diploma, uma medalha, numa cerimônia especialmente formada para esse momento. Inúmeras pessoas o receberam, lembro aqui do Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sandro Pires, que foi eleito Melhor Companheiro em 1948, e que, em todas as oportunidades que têm, relata que foi um dos prêmios mais significativos da vida dele, porque num momento de formação ele teve essa distinção. Esse é um trabalho que fazemos na área da educação.

Na área da saúde, companheiro Valério, Presidente do Rotary Club de Porto Alegre, há 12 anos o Rotary Club de Porto Alegre promove a Feira da Saúde, numa parceria com a Fundação Federal de Ciências Médicas, que aporta todo o corpo médico, clínico, alunos, em parceria com o Rotary Porto Alegre Leste, para promover nos bairros e nas escolas um dia especialmente dedicado à saúde. Esse é o trabalho do Rotary.

Também é importante destacar, como uma bandeira nacional, internacional, a erradicação da poliomielite. Hoje, no Brasil, um mal que não existe, hoje, no mundo, um mal que só existe em três países, exclusivamente por questões políticas ou religiosas, porque senão lá também já estaria erradicado. Quem deu partida nesse processo aqui no Brasil foi o Rotary, que aportou as primeiras vacinas. E, a partir daí, implementado esse programa maravilhoso, os governos evidentemente assumiram e hoje estamos livres desse mal.

Fazemos parte, com muito orgulho, sim, Dr. Thiago, do grupo de planejamento familiar, porque essa é uma obrigação nossa, como também defendemos uma outra bandeira importantíssima, que é a da doação de órgãos. Porque hoje nós sabemos o quanto penam as pessoas que dependem de um gesto de boa vontade. Um gesto de boa vontade de uma pessoa pode salvar oito, potencialmente, em condições de serem salvas. E essas pessoas precisam ser permanentemente estimuladas a se declararem doadoras. Essa é uma bandeira do Rotary Club de Porto Alegre. Temos um projeto que está em vias de ser assinado junto ao Tribunal de Justiça do Estado, que vai proporcionar um grande impulso nessa questão. E aqui já participamos de um grupo de trabalho também pró-estimulo à doação de órgãos.

Quero saudar, com muito prazer, com a licença dos senhores, a chegada do companheiro Antônio Nogueira, que é o governador eleito do Distrito 4680 para o ano rotário 2014/2015, a quem eu peço uma salva de palmas. (Palmas.)

Meus queridos amigos que hoje acolhem o Rotary nesta maravilhosa homenagem, eu quero deixar o nosso penhorado agradecimento, mas não sem antes de encerrar, falar de uma fundação que os rotarianos de Porto Alegre, há 51 anos, instituíram na Cidade. Nós somos 27 clubes de Rotary em Porto Alegre e temos na Fundação dos Rotarianos de Porto Alegre uma entidade congregadora do trabalho de todos. Esse é o nosso objetivo. O projeto de um clube por si só, como o do Leste, tem uma repercussão muito grande, mas ele tem o tamanho da força que o Leste, por exemplo, pode implementar, mas associado ao trabalho dos 27 clubes teremos por certo uma força muito maior de trabalho. Essa fundação, coincidentemente, comemorou 51 anos também no dia 9 de novembro, e é uma das alavancas que o Rotary Club tem, em Porto Alegre, para potencializar o seu trabalho.

Finalizando, eu queria deixar aqui um pedido a esta Casa. É uma tradição do Rotary, no mundo inteiro, que no encerramento de cada ano rotário, na troca de governador de distrito, o plantio de uma árvore para simbolizar o trabalho que foi feito naquela gestão. Agora, na troca do comando do governador da Luz, do 4680, para o governador eleito Nogueira, teremos certamente o plantio dessa árvore. Eu, quando fui venerável mestre da minha loja Sir Alexandre Fleming, fiz um pedido ao então Secretário do Meio Ambiente, Professor Garcia, para destinarmos um espaço em Porto Alegre para plantarmos 40 árvores pelos 40 anos de existência da loja. Temos ali, no largo que circunda a rótula do Papa, uma placa marcando esse momento.

Eu aqui quero deixar um pedido e um oferecimento à comunidade de Porto Alegre: queremos plantar 85 árvores e gostaríamos que nos sinalizassem onde vamos plantar. Nesse local, gostaríamos de implantar também um marco rotário, que é outra tradição dos clubes de Rotary. Temos vários marcos rotários em Porto Alegre dos clubes nos respectivos bairros, mas não temos um marco significativo de Porto Alegre do Rotary Club de Porto Alegre. Deixo aqui o pedido: queremos fazer essa doação e queremos marcar isso dessa forma, agradecendo ao Dr. Thiago, agradecendo à Câmara pela homenagem e retribuindo com a nossa colaboração para o meio ambiente. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Nós é que agradecemos. Esta Casa faz a representação da sociedade quando homenageia todos, entidades de classe, pessoas físicas, jurídicas, e os clubes de serviço têm, sim, Ver. Dr. Thiago, Presidente da Casa, proponente desta homenagem, um trabalho maravilhoso junto à sociedade. E cabe a nós também aqui, representando a sociedade, retribuir o trabalho que os senhores desenvolvem, e tenho certeza de que, à medida que os órgãos constituídos derem mais condições, também os clubes vão conseguir desenvolver o seu trabalho ainda mais. (Pausa.)

O Dr. Thiago sugeriu que vocês plantem pés de erva-mate também. E que os senhores possam, sim, cada vez mais, ajudar esta Cidade no plantio de árvores. Mas é um apelo deste Vereador: não esqueçam da erva-mate! Obrigado. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h8min.)

 

(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h11min): Estão reabertos os trabalhos.

A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. ANY ORTIZ: Sr. Presidente, Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, boa-tarde a todos, ao público que nos assiste através da TVCâmara. Eu venho aqui mais uma vez e espero não me tornar repetitiva, quando eu venho dezenas de vezes, nesta tribuna, falar sobre os alagamentos na nossa Cidade.

A primeira vez que falei sobre este tema foi uma das primeiras vezes que fiz o meu pronunciamento aqui como Vereadora, em fevereiro, quando eu falava da importância de ter um plano de prevenção para os alagamentos de Porto Alegre. E isso é urgente. E o que nós vimos hoje na Cidade e o que vimos, dias atrás, são projetos paliativos, são projetos que não dão conta de uma chuva no volume que veio. Eu digo aos senhores e às senhoras que, se choveu muito hoje – e choveu muito esta noite –, chove muito há muitos anos.

Eu moro numa região que, no mínimo, há 20 anos, alaga – e alaga muito. Há 20 anos chove muito naquela região; há 20 anos vemos a mesma rua, a mesma região alagada, com mais de um metro d’água. Então, é urgente que se faça alguma coisa: um projeto –não um projeto paliativo – que resolva, de fato, a vida das pessoas. E custa caro? Sim, custa caro. Tem que ter profissionais experientes para desenvolver esse projeto de uma forma adequada? Com certeza, mas a gente teve tempo suficiente nesta Cidade para que isso fosse feito. E os valores que o Município de Porto Alegre gasta com as indenizações pelas casas das pessoas, pelas pequenas empresas, lojas, firmas que estão inundadas com um metro d’água, também custa caro. Isso também sai caro para os cofres públicos, e, em longo prazo, o investimento se cobriria só com essas indenizações. A gente não pode mais ficar empurrando, limpando os bueiros, as galerias, quando precisamos de galerias maiores. O que está sendo feito é importante, mas não é suficiente – a gente viu, ao longo deste ano, que não é suficiente.

Nós temos bombas, nas casas de bombas da Cidade, muito antigas, e a maior parte delas não tem um gerador. E hoje de manhã a gente viu que, em uma grande parte da Cidade, faltou luz. E, se falta luz e não tem um gerador, a bomba não funciona e as ruas ficam como estão. A gente sabe que vai demorar mais dois anos, pelas informações que temos, para que se regularizem as questões das casas de bombas e dos geradores, mas isso já deveria ter sido feito. Eu não quero mais subir a esta tribuna para falar sobre o mesmo assunto, eu quero falar sobre outros assuntos da Cidade, e não sobre o bairro Sarandi, que está inundado; sobre o bairro Lomba do Pinheiro, que está passando dificuldade; sobre a Zona Sul, o bairro São João, o bairro Santa Maria Goretti... São sempre os mesmos bairros! O 4º Distrito todo está numa situação de calamidade, e a gente precisa de projetos em longo prazo. A Prefeitura não pode pensar, como já não pensou nunca! Eu vou repetir: há 20 anos, moro numa região onde a rua sobe um metro d’água. Mas, nos últimos 20 anos de governo – e não foi só o governo atual, mas no governo de diversos Partidos: PMDB, PDT, PT, de todos – a situação continua igual. Quando a gente vai ter um plano, um projeto para resolver o problema dessas pessoas? Quanto se gasta por ano em indenização para quem perdeu tudo, para as empresas que perderam tudo, perderam veículos, perderam mercadoria, perderam caminhão, computadores, sistema de alarme, porque está tudo debaixo d’água?

A gente precisa, senhores, que os governos se conscientizem, e que resolvam, de uma vez por todas, os problemas de alagamento da Cidade, porque, realmente, a chuva que a gente teve nesta madrugada foi muito intensa. Choveu muito e por muitos anos, e não foi só esta chuva que a gente teve, foram muitas. Isso aliado ainda à falta de educação das pessoas que jogam lixo na rua. Vou relatar um fato terrível que presenciei há duas semanas no trânsito, quando um senhor, numa caminhonete muito grande – e logo se notava que ele teve uma educação de qualidade -, abriu a janela e tocou um pacote enorme de lixo na rua. Quando fui falar para ele que não podia jogar pela janela o lixo ele me mandou para um lugar que eu não posso pronunciar aqui da tribuna. Então, a falta de educação também gera o que nós estamos vendo, o caos que está na nossa cidade de Porto Alegre. Nós temos que aliar às políticas públicas bons projetos, investimentos para que troquem as galerias, para que a gente tenha galerias que deem suporte às chuvas, as casas de bomba funcionando, os geradores funcionando e também a educação do povo de Porto Alegre para não jogar lixo nas ruas e para a gente não ver, nessas inundações, montanhas de lixo boiando, como a gente está vendo em todas as ruas da nossa Cidade. Muito obrigada pela atenção.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; parabéns, Ver.ª Any Ortiz, por sua fala. É preocupação de todos nós a saúde nos bairros.

Neste fim de semana eu fiquei em casa, todos estão vendo que estou com o braço engessado, e, com aquele calor horrível que estava ontem, eu não tinha condições de sair, porque ocorre um suor por dentro, começa a coçar. Então eu preferi ficar vendo televisão: assisti a vários programas, procurei vários programas, várias informações, e uma coisa me deixou muito feliz: na iniciativa privada, já estão fazendo doces diet para as crianças, para que elas possam começar a comer adequadamente, e não só a criança com diabetes, mas a criança também com obesidade. Que futuro nós estamos preparando para essas crianças quando chegar aos 40 anos? Quem serão essas crianças aos 40, 50, 60 anos? Aquilo que a gente faz, lá no início da nossa vida, é o que vamos colher no final.

E falando um pouquinho do futebol, Brasinha, aquilo que o Renato fez, lá no início, que se chama gordurinha, ele está usufruindo dessa gordurinha, só que ela, às vezes, acaba.

Essa iniciativa me deixou muito contente, porque eu tenho um projeto aqui sobre alimentação diet, para haver 15% de comida saudável nos restaurantes. E, ontem, no quadro Medida Certa, aqui em Porto Alegre – que é muito bom, por sinal – que faz parte do programa Fantástico, vimos que 77% dos homens são obesos e 67% das mulheres estão acima do peso. Isso ocorre na cidade de Porto Alegre. O Brasil, se não me falha a memória, é o segundo País, depois dos Estados Unidos, com mais obesos. Então, é importante começarmos a bater na alimentação. A minha preocupação não é com a Copa do Mundo de 2014! A minha preocupação é com o futuro dessas crianças aos 30, aos 40, aos 50 anos; eu tenho 60! Eu procuro me alimentar bem, procuro fazer atividades físicas, porque eu quero viver com dignidade. Tudo que eu vejo que é bom eu busco para os baixinhos. Essa é a minha bandeira! Não seria justo essas crianças irem aos aniversários, às festinhas e só ter aquele doce que todos nós conhecemos e é uma delícia, mas que depois nos aniquilam.

Estou tentando aprimorar o meu projeto um pouco mais para colocar aqui em discussão, porque ele é importante para os nossos filhos, nossos netos, para que, no futuro, eles saibam que o vovô, o papai lutou por uma boa alimentação. Para se alimentar bem, não precisa ser comida cara; a base são os legumes, verduras, frutas, alimentação sem gordura. Vamos dar a chance a essas crianças, e, a quem já é obeso, de poder se alimentar bem e ter uma vida mais saudável. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Bernardino Vendruscolo reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, ocupo a tribuna, neste Tempo de Liderança, para fazer um comunicado importante ao Plenário. A Bancada do PMDB desta Casa reuniu-se neste dia, nesta tarde, e, por unanimidade, escolheu o Ver. Professor Garcia como o indicado da Bancada para presidir a Câmara de Vereadores de Porto Alegre no ano de 2014. (Palmas.)

Faço este anúncio com alegria pelas qualidades que tem o Professor Garcia e pelas qualidades que tem a nossa Bancada. Quatro Vereadores ocupam postos importantes dentro do PMDB: o Ver. Valter Nagelstein é o Presidente do Diretório Metropolitano do PMDB de Porto Alegre; o Professor Garcia será o Presidente desta Casa; este Vereador será o Líder da Bancada; a Ver.ª Lourdes será da Escola da Câmara de Vereadores no ano que vem. Dito isso, quero agradecer a todos os membros da Bancada por essa demonstração de companheirismo, por essa demonstração de querer a unidade nas ações. Não se tem unanimidade em pensamento, mas se tem unanimidade na vontade de fazer com que o PMDB possa contribuir com a Câmara de Vereadores, com os colegas Vereadores e com a cidade de Porto Alegre. Vamos fazer isso com toda a vontade, com toda a força, respeitando a todos, principalmente respeitando aqueles que nos conduziram aos nossos cargos parlamentares. Muito obrigado a minha Bancada e obrigado aos colegas Vereadores por todos nós fazermos cumprir o acordo parlamentar que está feito para os quatro anos, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Queremos desejar ao Ver. Professor Garcia muito êxito, e, certamente, Professor Garcia, o seu sucesso, como o de qualquer presidente, será o sucesso dos 36 Vereadores. Parabéns.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadores, os Vereadores estão notando uma dificuldade. Comecei a usar óculos para perto e para longe, como dizem lá em Iraí. Logo, está sendo complicada a minha adaptação, mas dizem que é uma questão de dias.

Eu quero, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, trazer um assunto a esta Casa. Na verdade, esse assunto retornou à Câmara de Vereadores; é o nosso projeto que trata dos fogos de artifício. O Executivo silenciou, devolveu o projeto, e cabe a esta Casa, então, o encaminhamento, que é a promulgação. Esse projeto sofreu algumas críticas. Elas foram endereçadas para as pessoas menos informadas, Ver.ª Lourdes Sprenger. Evidentemente, as pessoas menos informadas acabam tendo mais dificuldade do que as demais para entenderem, e por isso vou fazer uma leitura. Esse projeto visa a restringir a comercialização e o manuseio dos fogos de artifício. Basicamente é isso, assim como manter os estoques, tanto para fabricar como para comercializar. Hoje há uma certa liberalidade! Nós estamos vendo empresas legalmente constituídas – não há crítica nesse sentido – comercializarem fogos de artifício em zonas estritamente residenciais e centrais da Cidade.

Do que o nosso projeto trata, basicamente? “Fica proibido comercializar, conservar, depositar, queimar fogos de artifício ou permitir sua queima em prédios residenciais, de uso misto ou cuja distância em relação a qualquer outro, residencial, comercial ou de uso misto, seja inferior a 300 metros”. Também, respeitadas as regras estabelecidas, somente será permitida a realização de shows pirotécnicos mediante a autorização do Executivo Municipal. Somente serão vendidos fogos de artifício para pessoas com idade igual ou superior a 18 anos que possuam autorização para compra concedida pelo Poder Executivo. Hoje, nós podemos perfeitamente comprovar, é só pedir para um menor, que vai à Cidade Baixa e compra.

O que queremos com este projeto? Trazer um certo regramento, ou, melhor dizendo, restringir um pouco mais essa comercialização, uso e manuseio dos fogos de artifício, porque, hoje, não há muita preocupação em autorizar este ou aquele usuário para fazer o manuseio, até porque eles podem comprar livremente nos locais onde são comercializados. Ainda que haja somente algumas lojas credenciadas, há muitas vendendo, mesmo não tendo autorização para tal. É fácil comprovar isso. É fácil comprovarmos que esses fogos estão sendo vendidos para pessoas ou jovens sem condições de avaliar os perigos que esses fogos representam para as suas vidas e as vidas de outros. Então, com isso, Ver. Tarciso, pretendemos estabelecer alguns critérios.

O Executivo devolve o projeto, e nós, então, precisamos, aqui nesta Casa – e o Presidente fará isso –, promulgá-lo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero chamar a atenção do conjunto dos Vereadores para a nossa Semana da Consciência Negra, que já começou, com uma pré-conferência, no dia 07, com a palestra do Senador Paulo Paim. Tivemos a grata satisfação de ter, na Casa, o ex-Prefeito e ex-Governador Alceu Collares, o Dr. Barbosinha – Luiz Francisco Corrêa Barbosa, e teremos o desdobramento ao longo das semanas até o dia 20.

No dia 11, hoje, começou a exposição de esculturas Retratando Orixás, de Ciro Borges Lopes, Pai Arcanjo, no nosso T Cultural. Na quarta-feira, dia 13, no Plenário Ana Terra, teremos a abertura da Semana da Consciência Negra e de Ação Antirracismo, com uma performance musical de Porto Alex, e uma mesa redonda, que vai falar sobre os Territórios Negros em Porto Alegre, com os palestrantes Iosvaldyr Bitencourt – doutor em Antropologia pela UFRGS – e o nosso colega da Câmara, Lúcio Antônio Machado Almeida, doutorando em Direito pela UFRGS; a mediação vai ser feita pela nossa também colega, aqui na Câmara, Ivonete Carvalho. No dia 14, vamos ter, na Avenida Cultural Clébio Sória, aqui na Câmara, a abertura da exposição Territórios Negros em Porto Alegre; às 14h30min, na Sessão plenária, neste plenário, a mesa redonda A saúde do povo negro na contemporaneidade, quando teremos a presença da Dra. Lúcia Silla, que falará basicamente sobre a anemia falciforme e doenças hematológicas; do Dr. Luis Carlos de La Fonte Coronel, que vai falar sobre doenças mentais e drogadição; e do Dr. Francisco Isaías, que falará sobre as doenças crônico-degenerativas que afligem o povo negro; às 18h30min, no Plenário Ana Terra, teremos a palestra Musicalidades do Povo Negro, com Antônio Carlos Cortes, e a entrega dos Troféus Antônio Carlos Cortes e Onira Pereira a personalidades do Rio Grande do Sul. No dia 15, teremos o projeto Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre, que consistirá numa visitação a lugares históricos, territórios negros. Saída daqui da Câmara, numa parceria com a Carris. Nos dias 16 e 17, sábado e domingo, teremos atividades no Largo Zumbi dos Palmares, em parceria com a Prefeitura. Na segunda-feira, dia 18, no Plenário Ana Terra, às 17h, teremos a palestra Território Negro, com Tucilé Soares Pinto, do Grupo Quilombolas; às 18h, palestra A Juventude Negra, com a palestrante Malu Viana, do Movimento Hip-hop; às 19h, teremos a palestra Discriminação racial no direito brasileiro, com o Dr. Roger Raupp Rios; e às 20h, a palestra Os crimes de racismo e de injúria racial e a Reforma do Código Penal, com o palestrante Dr. Jorge Terra da Silva. No dia 19, às 16h, teremos, no Plenário Ana Terra, a palestra Aspectos históricos relevantes da Revolta da Chibata, com João Cândido de Oliveira Neto; às 19h, no Plenário Otávio Rocha, teremos a Sessão Solene em homenagem à Terreira de Centro de Umbanda Reino de Mãe Maria de Oxum, proposta pelo Ver. Engº Comassetto, e quem presidirá será o Ver. Tarciso Flecha Negra. No dia 20, no Plenário Otávio Rocha, às 14h, teremos homenagem à Semana de Consciência Negra como processo de evolução civilizatória brasileira, com a palestrante Adiles da Silva Lima, professora especialista em estudos africanos e afro-brasileiros; e às 19h, o Ato Solene de entrega do Troféu Deputado Carlos Santos, presidido pelo Delegado Cleiton, com performance musical de Porto Alex e Grupo Cultural de Encruzilhada do Sul.

Prestigiem a Semana de Consciência Negra em que o tema será Territórios Negros de Porto Alegre.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente, Dr. Thiago; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero, primeiramente, fazer um registro, parabenizar e cumprimentar o nosso estimado amigo e companheiro Antonio Carlos Damasceno Lima, que foi o comandante da chapa 1, porque, sábado, nós tivemos as eleições para a FRACAB. Há 13 anos não havia eleições diretas na FRACAB. Quero cumprimentar também, em nome do meu Partido, o PSB, e em nome do nosso querido Ver. Paulinho Motorista, e dizer que participaram 323 associações de moradores e uniões municipais de moradores no evento e na votação de sábado. Nós temos até agora, já contados, apurados, 93% dos votos, faltam apenas Tapes e Itaqui, e a chapa 1 já está eleita, alcançado 252 votos. Cumprimentamos as três chapas que participaram, cumprimentamos a chapa 1, desejando aos dirigentes e a todas as nossas entidades sucesso e êxito nessa nova caminhada.

Eu estava ouvindo, há bem pouco tempo, a manifestação da Ver.ª Any Ortiz quanto à questão dos alagamentos na Cidade. É de registrar o seguinte, Porto Alegre tem, no DEP, nos seus servidores, uma referência em nível de País, porque o DEP se preocupa com a drenagem da Cidade. Porto Alegre tem grandes projetos, e eu repito o que eu disse, eu estive em Brasília, no ano de 2004, comandado pelo nosso então Prefeito João Verle, e encaminhamos uma carta-consulta. E logo que assumi, na Câmara, em 2009, conversei com o DEP para elaborar um projeto para São João, Navegantes, na vila Maria Goretti, e o projeto está pronto. Para se ter uma ideia do que nós fizemos lá, nós licitamos o Conduto Álvaro Chaves-Goethe; concluímos a bacia Marinha do Brasil; fizemos obra de macrodrenagem no Cristal, Cavalhada e Camaquã. Encaminhamos também, e estão concluídas, obras e construção de uma casa de bombas na Rua Santa Teresinha. Na Rua Frei Germano, também está concluído o projeto de nosso Governo e executado agora, recentemente concluído, em conclusão. As macrodrenagens das bacias da Av.Teixeira Mendes. Lá na Vila Minuano também tem projeto e está praticamente concluído, a questão é que vai haver uma parceria com o Walmart que vai concluir aquele projeto com a instalação da reforma da casa de bomba. As bacias do arroio da Areia, do Sarandi, ali na região do São Geraldo, São João. Foi feita uma macrodrenagem na Av. São Pedro, Rua Buarque de Macedo. A Av. Panamericana está concluída. Então nós temos diversas obras e, é claro, temos, sim, deficiências, mas o grande, o salto maior de qualidade também estava naquela nossa proposta quando nós vamos licitar em janeiro uma ampliação e reforma total das casas de bombas da Cidade de Porto Alegre, com uma previsão de recursos gastos em torno de R$ 237 milhões. Porto Alegre depende, sobremaneira, das casas de bombas. Depois a gente pode explicar um pouco mais porque o meu tempo se vai.

A questão também é a seguinte: ontem foram retirados da uma proximidade de uma casa de bombas, foram obrigados a desligar as bombas, ora, se entram milhões de litros de água por segundo, a bomba leva para o Guaíba, e elas foram desligadas sabem por quê? Para retirar um colchão e um sofá. Portanto, há de se compreender também que nós estamos num processo de melhoria. Claro que com as deficiências, e também registrando que nenhuma cidade do mundo suporta uma quantidade maior de água. É claro que nós compreendemos e sabemos, enquanto eu, ex-diretor do DEP, que é preciso manter essa drenagem sob uma limpeza bastante eficiente – e o DEP sempre teve muito pouco recurso para manutenção. Meu estimado amigo, Ver. Paulinho Motorista, vamos trabalhar para aportar mais recursos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em Tempo Especial.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, nós estivemos, na quinta-feira, sexta-feira e no sábado, representando esta Casa na 7ª Conferência Internacional do Bioma Pampa. Bioma Pampa é um projeto que se encontra no Congresso Nacional há oito anos, que transforma 62% do nosso Estado numa reserva permanente de preservação ambiental da humanidade. Isso pega a cidade de Porto Alegre, pega a região do Vale do Sinos, pega toda a região Sul e fronteira Oeste do nosso Estado, e vem dificultando, cada dia mais, o desenvolvimento da fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Cada vez que um investidor tenta se instalar na fronteira Oeste, ele depara com uma barreira: a faixa de fronteira. Nós temos uma lei, há mais de 50 anos no Brasil, que não permite que Municípios a 150 quilômetros da fronteira recebam investimentos estrangeiros ou indústrias, empresas estrangeiras. Isto vem discriminando toda a nossa região da fronteira Oeste, levando milhares de pessoas a se mudarem para trabalhar em outras cidades, como as que se mudaram de Uruguaiana, Itaqui, Quaraí, Alegrete, Santana do Livramento, para irem morar em Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Carlos Barbosa, até em Santa Catarina. Temos a dificuldade de ver investimentos e geração de emprego e renda na fronteira Oeste. A força sindical faz esse evento há sete anos; a nossa Câmara esteve presente neste evento, onde a grande pergunta era: a diferença do bioma Pampa e do Amazonas. Nós vimos que há investimentos maciços da União, do Governo Federal, na Amazônia; há investimentos de grande porte nos Municípios da Região Norte do nosso País, e é necessário que haja esse tratamento da União para os Municípios nossos da fronteira Oeste, o nosso Pampa tem que ser preservado. Agora, o principal agente do nosso Pampa é o ser humano, o homem gaúcho, a família gaúcha, que tem que estar no nosso Pampa. Esse agente passa por grandes dificuldades hoje, porque não pode botar em sua propriedade, por exemplo, uma ordenhadeira elétrica, por ter dificuldades de acesso à eletricidade. Isso faz com que essas pessoas venham para os grandes centros, para as grandes cidades, aumentando as dificuldades das grandes cidades já que essas pessoas vêm para cá à procura do elo perdido, à procura de uma oportunidade que não têm na sua cidade.

Então, é importante que a gente desenvolva, na fronteira Oeste, a energia eólica; é importante que se desenvolva na fronteira Oeste a indústria de cerâmica, a fruticultura; é importantíssimo que a questão do bioma Pampa seja discutida por 62% do Estado do Rio Grande do Sul, que aparece nesse projeto de lei, como uma reserva permanente de preservação ambiental da humanidade. Para uma pessoa colocar uma fossa em sua casa, tem que ter autorização do Instituto Chico Mendes, mas naquelas regiões que são reservas permanentes de preservação ambiental da humanidade, um cidadão, um empreendedor leva de dois a três anos para colocar uma fossa ou uma caixa d’água no seu patrimônio; além disso, tudo que for plantado também tem que ter autorização dos órgãos ambientais.

Foi importante a participação desta Casa, e estive lá representando a Presidência da Casa, representando o pensamento do Rio Grande do Sul de desenvolver e manter o homem do campo no seu local de origem, desenvolvendo o Estado como um todo. Muito obrigado. Com força e fé, vamos seguir avançando na luta dos trabalhadores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Boa-tarde a todos, Presidente Dr. Thiago. Cumprimento o nosso futuro Presidente, Professor Garcia, receba a minha saudação pública pela sua escolha, com certeza muito trará para a nossa Casa, para esta Instituição, para a cidade de Porto Alegre. Obviamente, trazendo a nossa solidariedade a todos os que foram atingidos pela forte chuva de hoje, e depois o nosso Líder, Engº Comassetto, trará algumas reflexões sobre esse tema.

Quero, de forma breve, neste período de Comunicações, abordar dois temas: o primeiro diz respeito a nossa vida interna do Partido dos Trabalhadores, porque ontem realizamos o processo de eleições diretas, o nosso quinto processo de eleições, e, na minha opinião, é um marco na vida partidária do Brasil. Os partidos são as instituições, os pilares da democracia, e muito nos orgulha termos tido, no dia de ontem, em Porto Alegre, a participação de 2.500 filiados votando, de forma direta, na escolha do seu presidente. Aqui no Rio Grande do Sul, mais de 35 mil filiados e, em nível nacional, mais de 500 mil filiados participando da escolha; é o único Partido que escolhe seus dirigentes através de eleição direta, e isso é motivo de orgulho para o nosso Partido. Desde o ano de 2001 nós temos repetido isso, a cada ano com um processo maior e mais qualificado.

E, aqui, em Porto Alegre, teremos segundo turno, no dia 24, com a candidatura do companheiro Rodrigo Oliveira, da companheira Nelci; e, em nível estadual, ainda não oficialmente, entre o prefeito de Canoas, que teve o meu apoio, o Jairo Jorge, assim como o Rodrigo, e o ex-prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi. Então, foi uma etapa muito importante, muito qualificada, e que mobilizou todas as nossas energias para reconquista da Prefeitura de Porto Alegre em 2016.

 

(Procede-se à apresentação de PowerPoint.)

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: O segundo tema que eu quero abordar, Dr. Thiago, o senhor que é da Zona Sul, eu realizei o meu 27º Mandato na Rua – nós tivemos 42 finais de semana –, Ver. Comassetto, da Região Sul, da Restinga também. Tomei a liberdade de fazê-lo na Restinga com vários amigos, lideranças. E, sempre que possível, eu trago aqui um dos temas principais que a comunidade me trouxe. Eu gostaria de falar, de forma muito breve, do Centro Popular de Compras da Restinga, tema famoso, pelo que eu sei que vários dos colegas aqui já lutaram muitas vezes – como os Vereadores Paulinho Motorista e Pujol da Região Sul. E essa obra foi anunciada pela Administração, em junho de 2011, e, ao longo da campanha eleitoral, foi objeto de muita campanha naquela Região, com essa bela foto desse Centro Popular, que gerou uma grande expectativa. E a notícia dos sites da Prefeitura anunciam as obras, em seis meses, ao custo de R$ 600 mil. Eu gostaria de mostrar aos senhores o que se tornou hoje. Até o momento, não estou aqui fazendo nenhuma denúncia maior de ilegalidade, mas estou mostrando o mau uso desse recurso público aqui, para que possamos tomar providências e buscar uma solução efetiva. Essa aqui é a parte que foi construída, e não se sabe exatamente o que houve; seria bom se a Administração pudesse-nos dizer. Parece-me que um projeto do Executivo malfeito ou a obra malfeita – e aqui parou –, não tem condições de ser usado, hoje é usado para dormitório de moradores de rua – e até se fosse para isso teria uma boa serventia, desde que tivesse a devida estrutura –, ou para estacionamento de carros ali, como está ocorrendo neste dia. O recurso público totalmente inutilizado no centro da Restinga, numa área nobre daquela região.

E aí, para minha surpresa, alguns moradores denunciaram que – e segui uns dois quilômetros adiante –, num pátio de um Centro de Reciclagem da Prefeitura, num pátio de maquinários da Prefeitura, estão, há mais de um ano e meio, jogados os restos da estrutura de ferro, que foi adquirida pela Prefeitura, ali deteriorando, escondidos atrás do matagal – material que era para ser do Centro Popular de Compras da Restinga. Acho importante que a Administração possa nos trazer um esclarecimento, não só a nós, mas àquela população toda que aguarda essa obra, e a todos os cidadãos de Porto Alegre, afinal este recurso é de todos nós, e está se deteriorando lá na Restinga. Acho que é um tema bastante importante e afeito ao desenvolvimento econômico e social da nossa Cidade. Muito obrigado. Uma ótima semana de trabalho a todos e a todas.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Guilherme Socias Villela está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. GUILHERME SOCIAS VILLELA: Presidente, Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, venho aqui prestar, neste momento, uma homenagem ao ex-Vereador Júlio Rubbo, que faleceu no último dia 3, e que muito fez com sua presença nesta Câmara Municipal de Porto Alegre. Nascido em 1928, Rubbo era arquiteto, professor universitário especialista em saneamento urbano. No início da sua carreira legislativa, foi eleito 1º suplente nas eleições de 1972 e, depois, veio a ocupar a titularidade da vereança em 1975. Durante a sua permanência nesta Casa, integrou a Comissão de Finanças e levou conhecimentos científicos de sua carreira profissional para a melhoria de assuntos importantes para esta Cidade. Técnico de competência reconhecida, foi doutor em saneamento das cidades pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professor catedrático, livre-docente da cadeira de saneamento da mesma Universidade, e professor regente da disciplina de planificação urbana e regional do curso superior de Turismo da Pontifícia Universidade Católica.

Srs. Vereadores, durante a sua carreira, Júlio Rubbo assumiu a Secretaria Municipal de Obras e Viação, a antiga Divisão de Limpeza Pública e o Departamento de Limpeza Pública. Assim, Sr. Presidente, faço esta singela homenagem a um ex-Vereador desta Casa, a quem a Cidade muito deve. Muito obrigado, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, Ver. Paulinho Brum, Ver. Cassio “Astrogildo” – corrigindo, porque eu errei na sexta –, Astrogildo! Nem todo o mundo sabe, Ver.ª Sofia, que a chuva foi demais, e não tem cidade que aguentasse essa chuva, Ver. Professor Garcia! Não tem cidade, Ver. Idenir Cecchim, que aguentasse. É muita chuva, é muita água que corre por toda a Cidade. Não tem vazão para toda essa água, e isso causa esse tumulto. Eu, automaticamente, lembro os 16 anos de herança, quando se dizia que era a melhor administração do mundo. Isso era na propaganda, isso era virtual, aparecia na televisão, no programa Cidade Viva. Eu pensava, Ver. Cecchim, no viaduto Obirici, tem aquele arroio ali – Ver. Villela, o senhor bem conhece, como ex-Prefeito da Cidade –, ali os carros eram arrastados, uma quantidade de carros! Inclusive, teve um acidente muito sério na Av. Nilo Peçanha, na época que a Cidade era governada pelo PT, em que morreu uma família. Isso tem que lembrar! Hoje, isso não acontece mais ali na Nilo Peçanha, não acontece mais ali no Obirici! A gente sabe que a Cidade está estrangulada e sabe que o Prefeito desta Cidade, o Vice-Prefeito e o Secretário estão atentos, e eles querem o melhor para a Cidade. Jamais um Prefeito desta Cidade vai querer que Porto Alegre fique alagada, em hipótese nenhuma.

Então, eu venho aqui justamente falar disso porque eu sei... Nós tivemos uma reunião na Bancada do PP, na quinta-feira, com o nosso Secretário Tarso Boelter, que é um secretário extraordinário, Ver. Cecchim. Ele tem resposta imediata, trabalha, é um jovem talentoso e trabalha muito. Não é Secretário de gabinete; ele é secretário de trabalho, de trabalhar mesmo! A gente não pode aproveitar o momento, a situação das pessoas, Ver. Paulinho Brum, Ver. Cassio, um momento que se sabe que é um momento difícil. Jamais na minha vida vou fazer um discurso me oportunizando da situação do cidadão que está lá com dificuldade, Ver. Reginaldo Pujol, porque a gente sabe a dificuldade. Se fosse uma chuva por acaso, uma chuva daquelas que caísse numa parte da Cidade, mas não: foi uma chuva generalizada, em toda a Cidade. Aí não tem esgoto que aguente. Eu quero só lembrar os senhores que faz parte e que a gente tem que lembrar os 16 anos, os 5.844 dias quando, realmente, a Cidade viveu os piores momentos que poderia ter visto, Ver.ª Mônica Leal. E a gente sabe, porque se assistia até a jet ski ali na Goethe, tinha aquele jet ski que andava! Hoje, com toda essa chuva, que é uma chuva que eu jamais tinha visto, começou às 3h da manhã. E chuva, Villela; e chuva, Villela! Lá na Plínio, alagou a Plínio! É porque é muita chuva! Não tem boca de lobo que consiga absorver essa água.

Então, Ver. Cleiton, saiba que a Cidade está aqui e que certamente o nosso Governo, o nosso Prefeito, que está de braços abertos para receber as comunidades sempre, é um Prefeito inteligente, é um Prefeito trabalhador, é o Prefeito que adotou o sistema Prefeitura na Comunidade: esse é o Prefeito Fortunati. Se alguém acha que o Prefeito não faz bem, então, que se proponha a fazer, vamos ver se faz, porque já tiveram oportunidade, vários já tiveram oportunidade, e esta Cidade não avançou! Tiveram oportunidade de trazer o metrô para cá e não trouxeram, tiveram oportunidade de trazer o aeromóvel para circular e não trouxeram! E aí o Fortunati, com a sua elegância, com o seu trabalho, com a sua dignidade e respeito ao contribuinte sempre, porque o Prefeito tem muito respeito ao contribuinte desta Cidade...

O Prefeito Fortunati é um prefeito que está preocupado, sim, com a situação, é um prefeito que está 24 horas aberto para falar... e pelo telefone se consegue falar com o Prefeito! É o Prefeito das multidões, é o Prefeito de Porto Alegre, é o Prefeito dos prefeitos do Brasil! Por isso ele é o Prefeito de todos eles! Obrigado, senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; há muito tempo, nós estamos vendo, através da imprensa, relatos dos colegas Vereadores, de trabalhadores que usam esta tribuna, as dificuldades da Companhia Carris Porto-Alegrense. Há muito tempo, é dito sobre as dificuldades financeiras por que a Companhia Carris Porto-Alegrense vem passando e vem enfrentando. É a única empresa de ônibus de que se tem conhecimento no mundo que tem prejuízo. É a única empresa de ônibus que, em julho de 2012, tinha uma dívida de R$ 54 milhões e, neste momento, em 2013, tem uma dívida de R$ 122 milhões. Essa empresa tem 140 anos de história prestados à população de Porto Alegre, principalmente nas linhas onde as grandes empresas não querem atuar – as transversais, os bairros novos que surgem em Porto Alegre, e a Carris faz a sua parte. Nós acreditamos que as dificuldades financeiras da Carris não são por causa dos seus funcionários, senão as outras empresas também teriam dificuldades financeiras. Nós acreditamos que as dificuldades financeiras da Carris vêm de gestões, de más gestões na aplicação dos recursos, do dinheiro público. Um exemplo disso foi a adesivagem dos ônibus da Copa do Mundo, que, aos ônibus da Carris, custou dez vezes mais do que a qualquer outro ônibus de Porto Alegre.

Eu queria perguntar ao Ver. João Derly, nosso atleta olímpico, nosso campeão mundial, se, alguma vez, conseguiu apoio ou patrocínio da Carris para lutar por esse mundo afora. Mas a Carris disponibilizou para uma jovem atleta de 14 anos R$ 50 mil. A jovem Brenda Brito, que é atleta do Grêmio Náutico União, assinou um convênio de R$ 50 mil com a Carris! Não foi para uma seleção, não foi para um grupo de atletas olímpicos representando a Cidade, não foi para um grupo de atletas paraolímpicos que estão indo para as olimpíadas, não: a Carris assinou com a atleta Brenda Brito um convênio de R$ 50 mil. A responsável pelo projeto Brenda Brito é a Sra. Susana Natalina Dartora Brito, mãe da Brenda Brito. O contrato é de dez meses, então são R$ 5 mil por mês. Só que a Dona Susana Natalina Dartora Brito é EC-8 na Carris, secretária do Presidente da Carris. Se é legal, é imoral, porque nós temos vários atletas olímpicos, Ver. Reginaldo Pujol, que precisariam de um patrocínio desses; temos várias escolas de samba, em Porto Alegre, Ver. Idenir Cecchim, que precisariam do apoio que a Carris deu para a Academia do Morro, que recebeu R$ 30 mil de apoio no carnaval de Porto Alegre. Temos várias outras escolas de samba em Porto Alegre que também precisam de apoio!

Se a Carris está tão deficitária, como é que dá R$ 50 mil para a filha da funcionária? Como é que a Carris dá R$ 30 mil para uma escola de samba? Como é que a Carris não renova 35 ônibus? Já passou o prazo de renovação dos dez anos da frota! Nós estamos com 35 ônibus da Companhia Carris andando com prazo vencido, e a lei determina que tem que ser renovada a frota! Vários ônibus da Companhia Carris estão sucateados.

Esta Casa entregou um Pedido de Informações à direção da empresa sobre esses contratos, sobre esses convênios e, principalmente, sobre a renovação da frota que bota em risco a população, os trabalhadores de Porto Alegre que andam com a Companhia Carris. Se ela está passando por dificuldade, não é devido ao salário dos rodoviários de Porto Alegre; com certeza o que está faltando na empresa é gestão.

Com força e fé vamos seguir lutando pelo bem-estar do povo e dos trabalhadores de Porto Alegre!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Derly está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO DERLY: Boa-tarde, Sr. Presidente, demais Vereadores, Ver. Reginaldo Pujol, que nos assiste sempre com um sorriso no rosto, demais que nos assistem nas galerias e pela TV Câmara. Hoje, estava vendo no Ceic, nas informações atualizadas, que mais de 100 milímetros de chuva caíram na nossa Cidade, acho que é em torno do que geraria o mês inteiro de chuva. Cento e sessenta pessoas desabrigadas e previsão de mais chuva. Uma situação muito delicada que nós estamos vivendo na nossa Cidade. Então, venho em nome do meu Partido, o PCdoB, em nome da Jussara Cony, que está em Licença para Tratamento de Saúde, para me solidarizar com a população neste momento delicado, em que há um volume muito grande de chuva que tem tomado a nossa Cidade.

É verdade o que a Ver.ª Any Ortiz falou há pouco, do lixo que é jogado pelas pessoas pela Cidade e acaba afetando e prejudicando muitas as bocas de lobo, os bueiros, inclusive podemos ver, no arroio Dilúvio, o lixo boiando. Nós temos que ter cuidado com as estruturas da Cidade, isso é muito importante, e nós temos que começar a prestar atenção à nova realidade que tem se demonstrado na nossa Cidade. Não é um problema novo, é um problema de muito tempo, não é uma crítica política, já o debatemos em março quando falamos sobre as águas de março, e ele tem voltado a acontecer constantemente em nossa Cidade. Então, nós temos que, realmente, estar preparados para receber esse volume de chuva e prestar atenção nas estruturas para que possamos sanar esse problema. Não é mais o mal de março, agora são as chuvas de novembro, e temos que estar preparados para receber volumes dessa grandeza. A população está aumentando, prédios estão sendo construídos em várias áreas, mas nós não estamos tendo cuidado de ver como a água vai chegar e como ela vai escoar. Essa é uma preocupação real que nós, Vereadores, temos que ter. E temos que, realmente, acompanhar as obras e lutar para que isso aconteça dentro da nossa Cidade. Eu fico preocupado e me solidarizo com as pessoas que compõem a nossa Cidade. Ver situações como esta ocorrendo, deixando 160 pessoas desabrigadas, é uma preocupação muito grande. Não está fácil a situação em nossa Cidade. Realmente, obras estão acontecendo e esperamos que elas sanem os problemas reais, elas não podem só tapar os buracos, assim como aconteceu no Conduto Forçado Álvaro Chaves, Ver. Villela, explorando em tão pouco tempo... A gente tem que estar preparado para uma grande demanda de chuva que possa acontecer em nossa Cidade, e que as casas de bomba funcionem, e que não falte luz nos dias de chuva, um problema que sempre ocorre. E nós temos que estar preparados para isso. Então, há preocupação no sentido de estruturarmos a nossa Cidade para receber os problemas do cotidiano. Sei que foi uma grande chuva, foi um grande problema, Paulinho Motorista, que nós enfrentamos, mas temos que estar sempre preparados para isso.

Dentro do esporte, a gente se prepara para o pior, então nós temos que estar preparados para o pior sempre, para não estar vivendo problemas e causando tantos males, como foi o trânsito hoje; até o trânsito não é o pior, mas, sim, as pessoas sofrerem o problema de a água invadir as suas casas e essas pessoas terem que ser desalojadas dos seus lares. Então, fica aí a minha crítica e o meu sentimento a todos aqueles que têm vivido esse problema, essa situação, hoje, na nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, realmente hoje é um dia complicado para a cidade de Porto Alegre e para as cidades da Grande Porto Alegre. É um dia que não se presta para discursos demagógicos. Nesse sentido, eu até queria cumprimentar a oposição, porque não é problema de Governo, é um problema estrutural das cidades. Isso acontece em São Paulo, isso está acontecendo em Cachoeirinha, em Esteio, em Canoas, em Porto Alegre. Houve uma grande enchente, com água em cima dos trilhos do trem, e olha que quando a água interrompe os trens no mundo todo, é muito complicado; quando a neve para os trens, quando a água para os trens, é muito complicado! Então acho que hoje não tem espaço para discursos de louvores, muito menos de denúncias e menos ainda de demagogia. Dias como o de hoje são para refletirmos sobre as prioridades: onde tem gente que sofre mais? Temos que cuidar dessas pessoas. Se não for possível resolver os problemas que estão aí há 20, 30, 40 anos... Os riachos, os rios, graças a Deus que estão aí! Por exemplo, o rio Caí inunda a cidade de São Sebastião do Caí há muitos anos, mas então vamos mudar a cidade de lugar? Não é possível! Então que se diminua o sofrimento das pessoas com essas enxurradas, com essas enchentes! Que as cidades se preparem para cuidar dos desabrigados. Daí a importância da Defesa Civil dos Municípios e do Estado em minimizar os sofrimento das pessoas atingidas por essas catástrofes. Felizmente, no Brasil, temos quase nada de catástrofes, perto do que sofre o pessoal no Oriente, como na Tailândia. Mas vamos cuidar da nossa paróquia! E vamos pensar nas pessoas que sofrem. Este momento não é para exaltarmos e criticarmos, o momento é para refletir sobre o que podemos e devemos fazer como prioridade. Sem dúvida, a prioridade são as pessoas que sofrem; elas é que precisam de todos nós para minimizar o sofrimento que elas têm em dias como o de hoje. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. João Derly.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadores, Vereadoras, quero, inicialmente, agradecer ao Ver. João Derly pela troca do tempo.

Quero dizer aos Vereadores que me antecederam, que trataram sobre o tema da calamidade que vive Porto Alegre em função das chuvas, que é claro e notório que o mundo está em transformação ambiental. Eu quero tratar aqui do tema, hoje, da calamidade versus a qualidade dos serviços públicos. O Ver. Ferronato, que esteve aqui, que já foi Diretor do DEP, traz um conjunto de preocupações. Eu quero tratar exatamente disso, porque a Cidade está clamando pela melhoria da qualidade dos serviços, e o Departamento de Esgotos Pluviais, o DEP, está em dívida com a cidade de Porto Alegre. Eu quero trazer aqui, com clareza, o porquê dessa dívida.

O Ver. Brasinha veio aqui referenciar os anos em que nós governávamos. Nós governávamos com transparência, quando os recursos e as licitações públicas eram fiscalizados. Hoje, o DEP gasta milhões e não há fiscalização. Aqui, Ver. Cecchim e Ver. Valter, eu pergunto: onde está o ex-Diretor do DEP que foi escondido dentro da Prefeitura? Alguém ouve falar dele, que é quem coordena a Defesa Civil da cidade de Porto Alegre nessas calamidades? Não, sumiu. Por quê? Porque o Conduto Álvaro Chaves foi aumentado em 17 milhões e continua explodindo. As grandes obras da Cidade que deveriam ter sido realizadas não foram realizadas. Para o serviço de drenagem urbana, as empresas são pagas e as bocas de lobo estão todas entupidas. Eu quero discutir, sim, com o Governo, porque não é a primeira vez que venho aqui trazer este tema. Foram as águas de março, as águas de outubro, agora são as águas de novembro e haverá as águas de fevereiro, as águas de agosto e, se a Cidade não tiver um serviço, não haverá limpeza das redes pluviais.

 

(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Esta foto aqui é de hoje pela manhã no Ipê II. Os problemas no Ipê II existem desde 2009. As pessoas da comunidade já perderam seis vezes todos os seus pertences, Ver.ª Mônica Leal. O DEP assumiu compromisso com a sociedade e não cumpriu. Em 2009, veio a esta Casa; os danos foram julgados pela 10ª Vara da Fazenda Pública no Fórum Regional da Tristeza; tem um inquérito civil público desde 12 de agosto de 2010; em fevereiro de 2012, houve uma audiência no Ministério Público. O DEP assumiu a aprovação do projeto, de resolver.

Esta foto aqui é a foto da CUTHAB lá no Ipê. Ali está o Ver. Alceu Brasinha, que veio antes aqui, que assumiu o compromisso, junto com a Direção do DEP, que disse que, em 90 dias, realizaria as obras. Lá estava o nosso Presidente, o Ver. Delegado Cleiton, coordenando os trabalhos; lá estava o meu colega Clàudio Janta, lá estava o Cassio Trogildo. E não se passaram 90 dias, passaram-se cinco meses e o problema continua o mesmo.

Esta foto aqui é de hoje de manhã. Isso é de hoje de manhã. E o que acontece? A comunidade perdeu tudo de novo hoje de manhã, pela sexta vez, e o DEP não cumpriu. O DEP está pagando R$ 5 mil de multa diária, a que a Justiça o condenou. Portanto, assumir um compromisso público perante o juiz e não cumprir dá improbidade administrativa.

Eu venho aqui dizer que essa calamidade acontece, sim, em função das intempéries, mas também acontece, sim, pela má qualidade da conservação das redes pluviais. Elas estão todas entupidas, as empresas estão recebendo e não limpam. Então, o DEP com a palavra.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra em Grande Expediente.

 

A SRA. MÔNICA LEAL: Ver. Dr. Thiago, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Vereadores, Vereadoras, pessoas que nos assistem por meio da TV Câmara e nos prestigiam com as suas presenças, hoje eu ocupe este período de Grande Expediente para falar de uma praga que assola Porto Alegre e que, no decorrer deste ano, proliferou-se, impregnando as paredes, os muros, as pedras, os tapumes, as fachadas da nossa Cidade por onde passaram as tantas manifestações e protestos por esta ou aquela causa. Eu estou falado de pichações. Dou como exemplo as Avenidas João Pessoa e Borges de Medeiros, que, ao longo dos arcos do Viaduto Otávio Rocha, são duas das avenidas que mais se transfiguraram nos últimos meses devido ao rastro de novas pichações que lá foram deixadas. Como Vereadora que sugeriu ao Executivo Municipal o serviço do Dique-Pichação, como ex-Secretária da Cultura deste Estado, quando enfatizei, na minha gestão, a preservação do nosso patrimônio histórico, como cidadã que ama a sua Cidade, vejo, a cada dia, a memória da Capital dos gaúchos perdendo para o vandalismo, sendo roubada pelos vândalos.

O que pode conter esse vandalismo? O que pode parar esses vândalos? Vejamos: temos o Disque-Pichação, que atende 24 horas pelo número 153; temos a Guarda Municipal atendendo às denúncias e fazendo flagrantes quando possível; temos a ação policial decorrente da autuação dos pichadores, que, quando presos, são enquadrados por ato infracional pela Lei de Crime Ambiental, e são registradas as ocorrências, fichando o pichador.

Mas eu acredito que precisamos muito mais do que isso. Além de melhorias e medidas que o Município pode tomar como maior iluminação das ruas, uso de tinta antipichação nos bens públicos, atenção e cuidado constante da Polícia a esse tipo de delito, precisamos é de mais consciência, educação e noção por parte dos infratores, que, geralmente, são jovens que poderiam estar contribuindo com a sociedade de uma forma muito mais produtiva. Eu diria que esses que picham um bem que é deles, que picham monumentos, realmente não podem ser chamados de cidadãos, pois não pertencem à Cidade; caso contrário, não estariam por aí destruindo o seu patrimônio público.

Lembro a todos: no início deste ano, tivemos até um estudante de Arquitetura, estagiário da Secretaria Municipal de Obras, pichando o histórico viaduto Otávio Rocha. O que dizer disso? E o que dizer das pichações dos bens tombados por seu valor histórico, como o Paço Municipal, a Catedral Metropolitana e o Museu Júlio de Castilhos, atacados pelos mascarados nos protestos ocorridos neste ano? Estamos, de fato, perdendo, a cada dia, um pouco da nossa história e do que já foi significativo para o urbanismo de Porto Alegre em diferentes períodos.

Os vândalos, os pichadores que cometem esses crimes são seres sem nenhum comprometimento com a Cidade, a não ser o de utilizá-la para as suas investidas em nome de uma mania, de um vício competitivo, que prova a valentia de bandos e gangues em escalada pelos prédios da Cidade.

 

O Sr. Clàudio Janta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Mônica, o tema que a senhora traz a esta Casa é de extrema relevância para a cidade de Porto Alegre, para a arquitetura da cidade de Porto Alegre, para os prédios históricos e para nós discutirmos, principalmente o conceito de educação. Nós vimos, há pouco tempo, um fato que revoltou a todos: uma professora que fez uma campanha numa escola pública para pintar a escola, e um jovem, com mais um ou outro amigo, à noite foi lá e pichou toda a escola; o que se viu foi a professora ser condenada. Os pais daquele jovem, em vez de se somarem a esta luta para que seja limpo o que é do povo, ainda levaram a professora a pagar seis meses de cesta básica por isso. E com os jovens nada ocorreu. Eu acho que nós temos que intensificar as multas educativas. Acho que esses jovens tinham que pegar um esfregão e limpar os monumentos, os prédios que picham. Aí, provavelmente, nós iríamos diminuir muito essa sujeira que é feita na cidade de Porto Alegre.

A SRA. MÔNICA LEAL: Obrigada, Ver. Janta, o senhor tocou no ponto: a educação. Sim, falta educação e disciplina em casa, e, também, nas escolas. O Ver. Janta tem toda a razão.

E um dado interessante que trago, dentro da diferenciação que é preciso fazer entre pichação e grafite, é que, quanto mais pichada uma cidade, mais o grafite colorido, social e virtuoso tem dificuldade de aceitação, pois acaba por ser assolado por essa mistura, essa pichação que é criminosa, mas que muitos teimam em dizer que é cultura. Para mim, pichação é sujeira, é desrespeito. Tenho certeza de que, se fosse feita uma pesquisa, uma enquete que perguntasse ao cidadão se é contra ou a favor da pichação, não tenho dúvida de qual seria a opção escolhida.

Por essa razão é que eu trago nas minhas causas de mandato, Vereadora de Porto Alegre, esse trabalho todo feito em relação às pichações. Eu apresentei o Projeto de Lei Complementar nº 009/13, que se insere no primeiro parágrafo do Código de Posturas do Município e trata de responsabilizar infratores por danos de pichação causados ao patrimônio público e privado; agora, com reparo ao vandalismo, que deverá ser executado pelo próprio pichador, através da eliminação da pichação e posterior pintura. Este projeto encontra-se, agora, em análise na CEFOR. Pois com essa minha inserção aprovada, se o cantor Justin Bieber tivesse pichado aqui em Porto Alegre e sido flagrado, como fez na semana passada no Rio de Janeiro e, antes disso, em Bogotá, ele teria que reparar esse feito.

O que eu quero dizer com isso? Que nós não podemos ser meros espectadores de um crime que vem aumentando e que vem roubando a memória, a história da Capital dos gaúchos. Aliás, vale aqui registrar que o astro rebelde deu um péssimo exemplo aos seus fãs adolescentes sendo autuado pela lei ambiental, seção de crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural no Rio de Janeiro e intimado a prestar serviços sociais na Capital da Colômbia.

Também quero abordar, nesta minha fala, a situação de alguns monumentos-símbolo desta Cidade, cada um com sua importância, com seu valor, que sofrem, e muito, com a doença contagiosa da pichação. Exemplo disso é o monumento a Giuseppe e Anita Garibaldi que fica na Praça Garibaldi, entre as Avenidas Érico Veríssimo e Venâncio Aires e Rua José do Patrocínio, lá erguido há exatos cem anos. É muito triste nos depararmos com a destruição deste monumento que é tão importante para os gaúchos. É um presente de gratidão da colônia italiana ao Rio Grande do Sul feito na Itália, em mármore de carrara puro, o mesmo material de Davi, de Michelangelo, que deveria estar preservado por sua raridade, valor histórico e artístico, mas não, está completamente pichado. O Monumento ao Expedicionário Brasileiro, no Parque Farroupilha, obra do engenheiro e escultor pelotense Antônio Caringi, inaugurado em 1953 e concebido inicialmente como um mausoléu dos pracinhas brasileiros mortos na 2ª Guerra Mundial, é usado como suporte para os rabiscos dos pichadores. E, no Monumento a Bento Gonçalves, na Av. João Pessoa, também de autoria de Caringi, feito na Alemanha e trazido de navio para Porto Alegre, em 2009 havia só uma inscrição de letras, pois, nos últimos anos, recebeu um acúmulo de tintas e sprays tão intenso que, segundo especialistas, já se encontra num nível quase irreversível de danos que praticamente impedem a sua restauração.

Como Vereadora, trabalharei, incansavelmente, para que Porto Alegre efetive o cuidado e proteja mais seus bens históricos, buscando fazer o que estiver ao meu alcance em projetos de lei, projetos de lei complementar, emendas, dando sugestões ao Executivo, como já fiz com o Disque-Pichação e também promovendo debates, incentivando campanhas, com pautas na mídia, sempre me orientando com um expert na área da conservação da arte e do patrimônio, consultando e escutando esses profissionais tão especiais que são os restauradores. Eles são os nossos guias para o correto cuidado da nossa história.

Por isso, quero deixar registrado que uma das maiores autoridades na área da restauração e do combate à pichação no Rio Grande do Sul, quiçá no Brasil, será homenageada por esta Casa, através da minha proposição, para receber a Comenda Porto do Sol, processo que já está encaminhado. Com muito orgulho, destaco a força e a persistência da restauradora e autora do projeto e livro SOS Monumento: causas e soluções, a Sra. Alice Prati, nesta verdadeira guerra que estamos travando contra a pichação em Porto Alegre. Ela, através do seu ofício, trabalha para a cidadania, para o desenvolvimento humano e para a educação civil.

Presidente, eu gostaria de, por fim, fazer um breve registro, desta tribuna, de um episódio que tomou conta da cidade de Porto Alegre no domingo à noite e que, por uma causalidade, eu presenciei, que foi o incêndio no Shopping Iguatemi, ontem à tardinha, no domingo, quando estava naquele local. Cheguei às 16h para um café com a minha filha e com as minhas duas netas que, por sorte, tinham saído antes do fato ocorrido, que trouxe um grande tumulto àquele estabelecimento, completamente lotado, por ser domingo. Isso ocorreu na praça de alimentação, às 19h30min, na loja Burger King. Eu acabara de sair daquele local, onde tinha jantado, e estava na Panvel quando senti um cheiro de queimado e comentei isso com a moça que me atendia, e ela disse que deveria ser um computador. Em questão de segundos, tudo muito rápido, as pessoas começaram a correr pelo shopping e a gritar que era um incêndio. Tudo foi muito rápido. Os funcionários daquele estabelecimento procederam com total competência. Eu ouvi o Ver. Idenir Cecchim falar aqui da importância, sempre, do trabalho, em situações diversas, que é a vida das pessoas, e, naquele momento, eu senti o preparo dos seguranças do shopping com a vida das pessoas. Ninguém ali estava preocupado com os caixas, com as mercadorias, com as lojas, a preocupação era uma só: evacuar o shopping e que as pessoas saíssem com segurança. Eu presenciei um princípio de incêndio, que foi muito bem resolvido pelos competentes funcionários. Em seguida, chegaram os carros dos bombeiros e a Brigada Militar. O tumulto ocorreu, pelo que eu pude sentir, muito porque está presente na cabeça das pessoas a tragédia da boate Kiss. Houve um pânico no momento em que essas pessoas ouviram a palavra incêndio. Elas, na tentativa de chegar mais próximo das portas, se desesperaram. E também quero fazer um registro: que as obras do shopping, faltando um pouco de sinalização, trouxeram esse momento tumultuado que nós vivemos ontem no Iguatemi. Mas eu não posso, de forma alguma, deixar de parabenizar os funcionários daquele estabelecimento, que trabalharam de forma muito competente, levando, orientando para que as pessoas saíssem daquele estabelecimento.

Ouvi no rádio que algumas pessoas se queixaram que as cancelas estariam fechadas. Eu passei a pé por uma delas e vi que foi tudo muito rápido. Se houve algum momento em que elas estiveram fechadas, com certeza é porque as pessoas que estavam fora não sabiam o que estava acontecendo dentro. Então o pânico se instalou rapidamente, e fique aqui uma reflexão sobre esta experiência de que é muito importante a sinalização correta das portas que devem ser usadas para que as pessoas não tenham esse sentimento de pânico como ocorreu ontem. Muito obrigada.

 

(Revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Nereu D’Avila.

 

O SR ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores. Ver. Comassetto, eu realmente estava lá, e não somente aquela vez, já estive várias vezes, mas quero responder a V. Exa. que aquele cidadão que está lá sentado, o Sr. José, ele e a esposa dele, a Dona Inajara, conhecem e tem foto do seu governo, há 20 anos, Vereador, quando vocês prometiam resolver o problema. E é morador lá da Cefer, pode ir lá visitá-lo, ele mora lá, Ver. Comassetto, inclusive tem foto junto com o Todeschini, tem foto junto com as lideranças. Lá vocês prometiam, não resolveram, estiveram 16 anos, e, aqui, este Governo, a diferença é que jamais se esconde, jamais fica em cima do muro. É um governo de transparência, não de discurso. Realmente lá estava o Ver. Janta, eu, o Ver. Delegado Cleiton, o Ver. Cassio Trogildo, mas só que eu não tive a oportunidade de ir ao seu governo junto lá na Cefer. Lá tinha compromisso de vocês, quando eram governo nesta Cidade, quanto vocês diziam na mídia, no “Cidade Viva”, que tinham a participação da comunidade, Vereador.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Engº Comassetto.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Assumiu, Vereador, e vai ser feito. A diferença deste Governo é que ele tem transparência. O Governo de vocês não tinha transparência nenhuma, só tinha transparência para falar na mídia. Nós não tínhamos acesso, moro nesta Cidade há quase 40 anos e nunca tive oportunidade de apertar a mão de um secretário sequer. Quero lembrar, para refrescar as suas ideias, aquele cidadão que está lá sentado, Sr. José, ele tem foto junto com o seu Governo, ele e a esposa, tem foto que vocês estavam lá prometendo, faz quase 20 anos! Estiveram por 16 anos e não fizeram. Aí vem aqui o Ver. Engº Comassetto e desfila. Lembro, como se fosse hoje, quando o Conduto Álvaro Chaves, que eu vinha e dizia aqui nesta tribuna, Ver. Airto Ferronato, e V. Exa. dizia que o projeto tinha sido feito pelo senhor, lá no DEP, e o Comassetto dizia “é nosso o projeto”. Porque era bom, estava bom. Quando ficou ruim, vocês não querem mais. Por que vocês não querem quando fica ruim, Ver. Engº Comassetto? Estranhamente é isso que acontece. Quero dizer para o senhor, Ver. Comassetto, com toda a certeza, admiro muito o trabalho de vocês, só que o Governo de vocês foi um verdadeiro desastre, sucateou todo o DEP. O DEP não existia, Vereador. Vocês deixaram sucateado, quebrado, o Prefeito Fogaça teve que botar em dia, vocês deviam R$ 176 milhões, vocês esconderam tudo desse Governo! Que clareza vocês têm? Não têm clareza nenhuma. Então, vou dizer uma coisa para o Ver. Engº Comassetto, pode ter certeza absoluta de que eu também sou parceiro, vou cobrar, mas o Prefeito de Porto Alegre está muito preocupado com esta Cidade, ele não se esconde de ninguém. O Prefeito não se esconde de ninguém, diferente do que vocês faziam.

 

O Sr. Airto Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu estimado Ver. Brasinha, lá no DEP, enquanto fui Diretor-Geral, executamos a bacia do Marinha do Brasil; executamos macrodrenagem na Cristal/Cavalhada e Camaquã; concluímos a licitação do Álvaro Chaves/Goethe, conseguimos o projeto e a captação da recursos. Tem seus problemas, estamos ali. Estive em Brasília, V. Exa. não se cansa de falar nisso, projeto de macrodrenagem...

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Exatamente, mas Vereador, só para complementar: o senhor não foge das responsabilidades, diferentemente do que Governo do PT fazia.

 

O Sr. Airto Ferronato: Acho que são exageros de oposição. Santa Terezinha, fizemos a macrodrenagem e a casa de bombas; nós estivemos na Rua Frei Germano; macrodrenagem e bacia da Av. Teixeira Mendes; a Vila Minuano está quase pronta; fizemos os polders do São Geraldo/Navegantes; fizemos mais a Vila Areia; ali no Sarandi, a Buarque de Macedo; Panamericana, e uma série de outras. Portanto, são momentos de críticas, algumas procedentes, mas a maioria... Nós fizemos a nossa parte.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Airto Ferronato.

 

O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, na verdade tem um documento, uma decisão da Justiça para fazer aquela obra. E nós fomos lá, quando citei que fomos lá, foi para ratificar aquilo. Só que acordo tem que ser cumprido e o DEP não cumpriu o acordo. E é isso que nós temos que fazer acontecer, porque a comunidade perdeu tudo de novo hoje. Muito obrigado.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Concordo plenamente, mas existem outros acordos que vocês não cumpriram.

Quantas pessoas passam por dia aqui na Câmara Municipal, alguém de vocês sabe? Quantas pessoas passam no Mercado Público por dia, Ver. Bernardino? Ver. Villela, quantas pessoas passam? Tem muita gente que estima, faz uma medida genérica e diz que 50 mil pessoas passam pelo Mercado Público por dia. Então, Srs. Vereadores, propus ao nosso querido Presidente, Dr. Thiago, e uma empresa vai instalar um medidor de quantas pessoas entram aqui na Câmara por dia, quantos saem, e, neste momento, se chega a acontecer uma tragédia, tem que estar lá fora a mesma quantidade de pessoas que estão aqui dentro da Casa. Lá no Mercado Público também. Lá no shopping ontem, se tivessem adotado este sistema de quantas pessoas entram e quantas saem, as pessoas saberiam rapidamente quantas pessoas tinham lá, e, em caso de uma tragédia maior, se sabe quantas pessoas estão lá dentro. Isso é muito importante!

Então quero exaltar o Presidente Dr. Thiago, pedi a ele e imediatamente ele aceitou. Vamos fazer este teste aqui na Câmara e lá no Mercado Público. Aí, a gente realmente vai saber, Villela, quantas pessoas circulam por dia no Mercado Público. Isso é muito importante também nos supermercados, pois é muita gente fazendo compra, aí nós vamos fazer um teste num grande supermercado para ver quantas pessoas entram e saem. Geralmente o cidadão que vai ao supermercado não vai sozinho, vai a dona de casa, ela vai com seu esposo, vai com seu filho, vai com seu neto ou vai com seu sobrinho... Então, eu tenho um projeto que está pronto, mas, antes de protocolar, eu estou fazendo uma pesquisa. E essa pesquisa vai dizer realmente quantas pessoas circulam nesta Casa por dia, quantas entram e quantas saem. Ver. Airto Ferronato, Ver. Paulinho Brum, Ver. Tarciso, com esse projeto, quer num restaurante ou numa danceteria, haverá um painel na frente onde vai dizer se tem 600 pessoas, porque no “achômetro” não dá para ficar, Ver. Villela! Então, tem que ter um painel eletrônico que vai mostrar realmente quantas pessoas circulam dentro de uma danceteria, dentro de um bar, dentro do Gigantinho, onde tiver um evento. Isso é muito importante. Mas, antes, vamos fazer essa pesquisa e uma demonstração aqui na Câmara Municipal e lá no Mercado Público, para saber quantas pessoas circulam por dia.

Eu protocolei também um projeto a respeito das multas de trânsito, que são um problema muito sério em Porto Alegre, Ver. Clàudio Janta. Delegado Cleiton, o senhor sabe que tem muita gente autuada, notificada, recebe a multa e, se não paga, vai de um ano para outro, dois anos, três anos. Este projeto prevê um desconto de 30% para quem está atrasado, parcelamento de 12 meses, ou 50% de desconto à vista. Este projeto, que eu protocolei, agora à tarde, aqui na Câmara Municipal, e vai ajudar as pessoas devedoras de multa de trânsito dentro do Município de Porto Alegre. Por exemplo, a EPTC tem três multas para receber deste Vereador, que não tem condições de pagar. Este projeto, Ver. Tarciso, vem para ajudar o cidadão que está em débito com o Município, pois permite um desconto de 30% para quem pagar a multa de forma parcelada, ou de 50% para pagamento à vista. Eu acho que este projeto vai ajudar muito a Cidade e vai contribuir com o cidadão que deve essas multas.

Também gostaria de falar a respeito do grande, extraordinário e competente Prefeito Fortunati. Vou falar dele, nestes minutos que me restam, porque realmente nós fazemos parte desta base do Governo. A nossa Bancada é composta por quatro Vereadores: nosso Líder, Cassio “Astrogildo”, Ver. Elizandro Sabino, Ver. Paulinho Brum e tenho muito orgulho de fazer parte desta Bancada e deste Governo, um Governo que trabalha com transparência, que realmente pensa no cidadão, um Governo que começa das Secretarias, lá do Secretário Everton Braz, que é do DEMHAB, que vem com um trabalho espetacular, vem fazendo transparências dentro daquele órgão. O nosso querido Ver. Humberto Goulart, Secretário, médico, que tem feito um trabalho pela SMIC incansável na Cidade Baixa, em toda a Cidade. Ele mesmo depara com problemas e tenta resolver. É um Secretário que não tem hora, que não tem minuto. A gente liga para o Secretário Humberto Goulart e imediatamente ele dá retorno! Quanto isso significa para o cidadão que paga imposto na Cidade e quando precisa da ajuda do Governo? E o Secretário Humberto Goulart é um dos que realmente desempenha a sua função religiosamente em dia. Também, meus amigos, o grande Secretário de Esportes, o Professor Edgar. A gente sabe que aquela Secretaria tem problema de receita, de custo, e mesmo assim o Secretário Edgar – quando a Secretaria começou com o João Bosco Vaz, que fez um belíssimo trabalho, Ver. Comassetto, e essa Secretaria não existia – vem continuando o trabalho do João Bosco Vaz. O Professor Edgar é um extraordinário, competente Secretário. Ver. Mario Fraga, eu quero dizer o quanto o Professor Edgar é um importante Secretário! Ele realmente faz a diferença nesta Cidade, uma Secretaria com um Orçamento pequenininho e ele consegue atender a todas as demandas que chegam a ele.

 

O Sr. Mario Fraga: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, vou falar bem rapidinho para não tomar o seu tempo. Eu quero lhe dar os parabéns pela sua explanação. A oposição, quando chove na cidade de Porto Alegre, vem aqui e toma conta. Esta noite toda choveu como se fosse um mês, 30 dias. Eu e o Professor Edgar estivemos, sábado, no Parque Ipanema, inaugurando mais um campo de futebol. Ele foi telado. O DEP, através do Tarso, fez a drenagem. V. Exa. esteve junto lá no Parque Ipanema. O Professor Edgar está de parabéns, e de parabéns está V. Exa. pelo seu pronunciamento.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Vereador, o senhor sabe, já que é Vereador há muitos anos aqui nesta Casa. Antigamente, o senhor chegou a passear junto com o Prefeito nesta Cidade? Não. Então, este é o nosso Governo, é a marca do Governo Fortunati! E aí vêm todas as Secretarias, como o Urbano Schmitt, Secretário Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégicos, que é um cidadão que realmente trabalha muito por esta Cidade – Ver.ª Sofia Cavedon, e a senhora sabe como é difícil trabalhar nesta Cidade, porque a senhora foi Secretária. E a senhora sabe que a Secretária Cleci também fez e vem fazendo um trabalho extraordinário. A senhora foi Secretária da Educação, e por que não executou os seus projetos? A senhora tem tantas ideias boas!

 

A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, só para fazer justiça: V. Exa. repete, muitas vezes, que o único Prefeito que anda pela Cidade é o Prefeito Fortunati, e os nossos Prefeitos, além do Orçamento Participativo, sempre estavam presentes, iam de ônibus, rodavam todas as regiões – isso não é novidade, Vereador. Apenas para a registrar. Não é justo. O senhor está sendo injusto com os nossos Prefeitos, que rodavam região por região reavisando obras, andando com os Conselheiros do OP, para que as prioridades do Orçamento Participativo realmente fossem observadas.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Eu não lembro, Vereadora. A senhora tem alguma anotação do dia, alguma reportagem? Eu nunca vi. Nunca vi o Prefeito Olívio, nunca vi o Prefeito Verle, nunca vi o Prefeito Tarso e nunca vi o Raul. Nesse sistema só tem um, e essa marca vocês têm que reconhecer, marca, qualidade e referência é Fortunati.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Muito obrigado, Sr. Presidente. Peço que passe novamente o filme do IPE II, da situação de hoje lá, Presidente Cleiton, nós, que estivemos lá assumindo um compromisso pelo Governo, inclusive eu, de oposição. Assumi um compromisso, sim, quando o DEP pediu, naquele dia, mais 30 dias para apresentar o Projeto, e Ver. Mario Fraga e os demais, calamidades, intempéries vão acontecer sempre. Agora eu quero fazer uma pergunta aqui, principalmente para o Ernesto Teixeira, que foi do DEP e que está na Defesa Civil, meu Delegado Cleiton. O senhor sabe que quando é prevista uma calamidade, o papel da Defesa Civil é organizar a Cidade para se preparar para isto. Eu pergunto qual dos 36 Vereadores aqui, Ver. Ferronato, ouviu a Defesa Civil, com antecedência, trazer uma preocupação com todas essas intempéries que acontecem? Não ouviu. Eu trago aqui o exemplo, neste momento, do Vietnã e de Porto Alegre. Quando foi anunciado que o tufão iria para o Vietnã, houve uma mobilização, toda a população foi retirada por onde passaria o tufão. E, nas Filipinas, pegou de surpresa; morreram dez mil pessoas. No Vietnã, não morreu nenhuma pessoa. É disto que nós estamos tratando aqui.

Então, se tem Defesa Civil, é para funcionar! O Ernesto Teixeira, que fez uma péssima gestão no DEP, que mudou o projeto do conduto forçado Álvaro Chaves, que cobrou R$ 17 milhões a mais – que ninguém sabe no que foram gastos e para onde foi esse dinheiro -, e está escondido na Defesa Civil, hoje! É isto que nós estamos discutindo aqui.

E aí é o seguinte, lá na comunidade do Ipê, assim como em muitas outras comunidades da cidade de Porto Alegre, o DEP, neste momento, através do seu Diretor-Presidente – e aqui não são questões pessoais; quem tem uma função pública tem que responder por essa função -, está prevaricando; por quê? Está aqui a decisão da justiça, que coloco para todos os colegas Vereadores lerem. A Juíza do Estado do Rio Grande do Sul, no Processo nº 11202436596, órgão julgador: 10ª Vara da Fazenda Pública do Fórum Regional da Tristeza, condenou o Município de Porto Alegre – “Assim defiro a liminar para determinar que o Município de Porto Alegre, no prazo de 45 dias, apresente o projeto com cronogramas às medidas emergenciais que serão realizadas no bairro Jardim Carvalho, para cessar, ao menos, mitigar os alagamentos acontecidos no Ipê II, Jardim Carvalho, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, consolidada em 60 dias. As obras de melhorias deverão ser iniciadas no prazo de 30 dias após a aprovação do projeto”. Sabem quando que foi dada essa decisão judicial? Em março de 2012; nós estamos em novembro de 2013. E este ano, sob a liderança do Ver. Cleiton, a CUTHAB foi lá para ouvir a comunidade, juntamente com o DEP, e nós aceitamos o pedido do DEP de mais 60 dias para apresentar o projeto e realizar as obras, mas, hoje, a comunidade perdeu tudo novamente, porque o DEP, além de não apresentar o projeto, não iniciou as obras. Essa é a realidade, essa é a verdade! E o nosso papel, como gestores públicos, é vir aqui e, inclusive, elogiar, quando temos que elogiar. E eu quero aqui fazer um elogio, sim, ao Secretário Luciano Marcantônio pela sua postura, dentro do Governo, fazendo o diálogo, inclusive com esta Câmara e com diversos Vereadores, e tentando resolver problemas da Cidade, enquanto outros assumem compromissos com esta Casa e não cumprem. É isso o que nós estamos discutindo.

Eu gostaria que os colegas Vereadores observassem as bocas de lobo da Cidade. Na Av. Ipiranga, eu fotografei todas elas hoje. São 75 mil bocas de lobo na cidade de Porto Alegre. Tem empresas contratadas, que estão sendo pagas pelo DEP, mas não limpam. Eu peço, sim, que o Prefeito faça uma investigação no DEP, porque é o que tem que ser feito. E, para concluir, Sr. Presidente, nós pedimos uma investigação no DEP e que o Prefeito em exercício, Sebastião Melo, declare a cidade de Porto Alegre em calamidade pública, porque, quando atinge 10% da população, pode ser declarado estado de calamidade pública. E aí, Ver. Janta, o senhor sabe que é liberado o fundo de garantia, as pessoas podem comprar, repor os seus móveis, e assim por diante. O bairro Sarandi e a Vila Ipê II perderam tudo de novo; as comunidades da Restinga e de Belém Novo também perderam tudo de novo, lá no Arroio do Salso, assim como muitas outras; portanto, nós temos que trabalhar juntos, sim, para que a Prefeitura funcione. E o DEP deve respostas a esta Casa, desde o Conduto Álvaro Chaves.

Ver. Brasinha, antigamente, andavam de jet ski pelas ruas da Cidade. Eu vou lançar mais uma linha: catamarã, agora, por dentro da Cidade, para que melhore a mobilidade urbana. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Bernardino Vendruscolo reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Presidente, Ver. Bernardino; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; público nas galerias; público que nos assiste pela TVCâmara, o Ver. Comassetto foi mais rápido, Ver. Delegado Cleiton, falou no jet ski primeiro que nós. A gente trouxe a foto para ninguém esquecer (Mostra fotografia), porque aqui na nossa Cidade já teve jet ski ali no Parque Moinhos de Vento – ninguém esqueceu. Mas eu nem ia falar desse assunto, porque eu acho lamentável. A gente só tem que dar a nossa solidariedade para todas as comunidades, não é Ver. Comassetto, e não criticar; nós precisamos fazer alguma coisa e talvez a gente teria que fazer quarta-feira quanto tiver o sol, e não hoje enquanto está chovendo, não temos o que fazer, infelizmente. Na quarta-feira, quando tiver sol, podemos discutir isso, porque agora, discutir com um temporal desses, ninguém pode fazer nada! A única coisa que podemos fazer é lamentar e dar solidariedade para as famílias que estão sofrendo com isso em toda a Cidade. O Ver. Comassetto falou muito bem, deve ser feito nas nossas comunidades e nas outras comunidades, nos lugares da Cidade que hoje estão sofrendo com essa situação. Ver. Villela, V. Exa. tem noção do que choveu essa noite? Choveu por trinta dias, não foi por um dia. Não era o tema, em Liderança do PDT, que eu gostaria de tratar, mas agradeço ao Delegado Cleiton por ter me cedido esse espaço. Mas como este tema está em debate, hoje, e casualmente, Ver. Nedel, o Secretário Tarso Boelter esteve aqui ainda falando conosco, e agora veio um temporal desses, aproveitamos para hipotecar a nossa solidariedade ao povo de Porto Alegre. Mas antes disso, nós vivemos Porto Alegre, e amanhã ou depois, quando tiver sol, Ver. Brasinha, nós também estaremos em Porto Alegre. Então, deixo esse alerta aqui para que os Vereadores, neste momento tão triste, que tentem não apenas fazer discursos que não levam a nada, infelizmente. Eu conheço bem esta Casa aqui, já estou há bastante tempo aqui, e esse discurso não leva a nada; o que leva é nós fazermos audiências, como as que estamos tratando na CEDECONDH, as que estão tratando com o Delegado Cleiton, na CUTHAB, e em outras Comissões.

Queria falar aqui do sábado, porque, Ver. Brasinha, eles disseram que o Prefeito andou na comunidade. Nós temos as fotos, e se fosse para falar de Prefeito também na comunidade, eu diria que o primeiro prefeito foi o Alceu Collares, disso ninguém tem dúvida; ele foi o primeiro prefeito a andar nas comunidades. Nesse sábado, às 9h da manhã, foi inaugurado o Centro Administrativo Regional Sul, ali na Av. Juca Batista, nº 1.580, com a presença do Prefeito Fortunati, do Vice-Prefeito Sebastião Melo, dos Vereadores Delegado Cleiton, Brasinha, Cassio, Paulinho Motorista e este Vereador, e inauguramos ali o CAR Sul, cuja gestão será através do Papaulo, nosso colega do PDT. Fomos fazer as visitas e estivemos, Ver. Dr. Thiago e Ver. Bernardino, em alguns lugares: no Parque Ipanema, inaugurando um campo de futebol; na Nossa Senhora Aparecida, ali na Hípica, inaugurando uma praça; na Praça Dinah Neri Pereira, na Urubatan, onde foi feita a reformulação do campo de futebol e da Praça Neri; na Praça Apiaca, ali onde o Delegado Cleiton teve um excelente trabalho, o que foi reconhecido pela comunidade, foi feito um agradecimento ao Delegado Cleiton, no momento, pela pavimentação, pela revitalização da praça; no Parque Guarujá, e na orla de Ipanema, onde foi revitalizada a ciclovia, foi revitalizado todo o calçadão de Ipanema, de ponta a ponta, todo o calçadão foi refeito e foi revitalizado. Ainda, no fim, o Secretário Mauro Zacher anunciou, para o próximo mês de dezembro, as lâmpadas em LED ali no calçadão de Ipanema, que é um novo sistema, e ficará claro durante as 24 horas do dia na orla de Ipanema.

O Prefeito Fortunati e o Vice-Prefeito Sebastião Melo andaram, das 9h às 17h, junto com a comunidade, junto com todo o Secretariado e alguns Vereadores, andaram nesse gabinete itinerante da Prefeitura. Então, dou os parabéns aqui. Só porque está chovendo hoje, eu não poderia deixar de falar nesse assunto. E, mais uma vez eu falo: Vereadores e Vereadoras, vamos fazer uma coisa pela chuva quando não estiver chovendo; quando está chovendo, é muito fácil falar. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadoras, eu estava aqui atendendo ao nosso Presidente da Associação da Banda Municipal, que vem exigindo do Executivo e do Legislativo resposta às suas demandas, desde condições de trabalho até a questão do seu espaço originário, que é o Araujo Vianna. Espero que evolua porque, para minha absoluta surpresa e inconformidade, nada alterou ainda em relação ao Araujo Vianna. O Município de Porto Alegre diz que notificou a Opus. O Ministério Público está, então, mais uma vez se manifestando em relação à Prefeitura. Espero que a Prefeitura não deixe chegar a ponto de a Justiça interromper a concessão, pois é isso o que nós estamos vendo, uma irregularidade atrás da outra e uma conivência, agora, da nova gestão da Secretaria Municipal de Cultura.

Eu queria agradecer a possibilidade de falar em oposição, porque quero mostrar como é simples atender a uma lei que, inexplicavelmente, o Município de Porto Alegre veta. Eu trouxe fotos de brinquedos de uma praça em Cachoeirinha. (Projeção de imagens.) São brinquedos adaptados para criança com deficiência poder brincar como as crianças ditas normais. Um balanço adaptado, um gira-gira com uma cadeira mais segura, com conforto. Eu estive, sábado, no Parcão, porque tive informações de que o Parcão tinha uma praça adaptada. Olhem só! Este escorregador tem acesso por rampa, então, a criança pode ir de cadeira de rodas; ele tem uma beirada larga, vocês vão ver, depois, na comparação com os escorregadores normais, que têm uma escada bastante vertical; aquele é muito mais seguro para a criança, que pode ser amparada, no final, pelos pais. Ali é a parte de cima, o acesso pela rampa, a escadinha é bastante baixa, de madeira, para não se pisarem. E não é um brinquedo caro – a Ver.ª Mônica não está neste momento, ela estava preocupada com a segurança e com o preço –, ele é um brinquedo acessível e bastante barato para ser feito. Este aqui é para ser um cantinho de areia mais alto para a criança só encostar a cadeira de rodas e brincar. Ora, um parquinho de areia, um canto de areia é muito simples organizar para a criança com deficiência.

Agora comparemos o que é um balanço tradicional; do outro lado do Parcão, tem um balanço tradicional, um trepa-trepa, um gira-gira, o que é bem mais difícil de ser aproveitado. Mas, por outro lado, não há dificuldade em fazer brinquedos adaptados para criança com deficiência. Eu quero, no espaço da oposição, dizer que é muito triste, que é lamentável a intransigência do Governo, Ver.ª Fernanda Melchionna, a quem agradeço, também, a cedência deste espaço. Ali o gira-gira, Ver.ª Fernanda; lá em Cachoeirinha, uma cidade muito mais pobre do que Porto Alegre, é possível ter brinquedo adaptado para criança com deficiência. Quero dizer que é lamentável a intransigência do Governo que não quer, literalmente, dar a autoria.

Hoje eu ainda explicava, ao telefone, para a Secretária Cleci Jurach, que afirma – e a sua orientação é que gerou o Veto – que entendeu que a lei era para as escolas municipais. A lei, eu disse muitas vezes nesta tribuna, está escrita, Ver. Villela: é adaptação de brinquedos para as escolas no Município de Porto Alegre, no! “No Município”, uma letrinha, que, diferente de “do Município”, significa que é para todas as escolas que estejam no Município de Porto Alegre. Portanto, é uma norma a ser estabelecida para a Cidade, para o conjunto das redes, para todas as crianças usufruírem os brinquedos quando estiverem incluídas nas escolas. Então, eu espero que ainda haja algum movimento desta Casa de sensibilização do Governo Municipal para que essa norma, apesar, Presidente, de não ter sido de origem do Executivo, Ver. Nedel, possa ser assumida como uma política municipal realizada pelo conjunto das forças no Município.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Eu gostaria de mostrar a vocês o fôlder da 29ª Semana de Consciência Negra e Ação Antirracismo da Câmara Municipal de Porto Alegre, que terá como temática os territórios negros. Olhem que bonito que ficou, pessoal! (Mostra fôlder.)

O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, funcionários desta Casa, público que aqui nos assiste, público que nos vê pela TVCâmara; já tivemos uma pré-estreia do que será a Semana da Consciência Negra aqui, na Câmara. Na semana passada, estiveram aqui, para um debate, o Senador Paim, sentado na mesma mesa com o ex-Governador Collares e o ex-Prefeito de Sapucaia e Juiz Barbosinha. Hoje foi o dia das fotos, e aqui até vou fazer o contrário do que a gente tem debatido. Hoje vou elogiar algumas situações da época do PT. Eu me lembro de que eu subia e descia aquelas ruas do Morro Santa Teresa, e, logo que assumiu o Governo, o PT tratou de asfaltar algumas delas. É importante isto, o Governo buscar o que a sua comunidade quer. Hoje eu vi aqui várias e várias fotos, inclusive em locais em que eu fui pela CUTHAB, em lugares a que fui individualmente, como Vereador, e quero dizer para o Engº Comassetto, para os Vereadores do PT que não quero bater de novo com aquela história de 16 anos, mas no passado também tinha fotos! (Mostra fotografias.) No passado, também tinha calamidade. No passado, morreu um menor. Foi noticiado pelo jornal de São Paulo, pelos jornais, pela mídia daqui toda que morreu um menor devido a uma enchente na época do Governo do PT. Há muitas fotos! Então, não temos que nos basear somente em fotos e vir aqui tratar de demagogia, trabalhar com a desgraça dos outros.

Na semana passada, eu estive no DEP e fui lá reivindicar. Sabemos que não estão cem por cento cumpridas as demandas deste Governo que entrou, até porque nós temos dez meses ou um ano de Governo, mas fui lá reivindicar. Fui reivindicar pela Rua Frei Germano, fui reivindicar pela Vila do arroio Capivara, porque também nós, Vereadores da base, queremos ajudar, queremos fazer com que esses quatro anos melhorem a Cidade, assim como naqueles 16 anos muitas coisas foram feitas. A iluminação no calçadão de Ipanema agora está bem melhor, mas, naquela época, foi top de linha, feito pelo PT. Agora está cem por cento melhor o calçadão de Ipanema, onde eu moro. Então, aqui, para quem está nos ouvindo, fica muito fácil... No meu primeiro mandato, eu peguei situação, como eu queria estar na oposição; como é fácil fazer oposição às vezes! Quando não é um trabalho sério, e isso eu não vou botar na mesma panela. Temos aqui pessoas que fazem oposição com seriedade, está aqui o Pedro Ruas, a Fernanda, a Jussara Cony, a minha querida “professorona”. Mas como é fácil, às vezes, fazer oposição. O cara traz foto aqui, pega a desgraça alheia e vem aqui discursar contra...

 

(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Positiva, sim, com certeza. Até eu vou lhe dizer, professora, eu estava sentado naqueles brinquedos, na gangorra, pensando no seu projeto e no projeto que já existe, do Governo, e que a senhora, infelizmente, quer se adonar. Eu estive no DEP e conversei inclusive a situação de um bairro aqui da Cidade em que uma obra, que era para levar de quatro a oito meses, já dura um ano e quatro meses – são as dificuldades que existem. Fui conversar com o Diretor do DEP sobre a situação, que também nós reivindicamos, é isso que eu quero dizer, nós também reivindicamos, nós queremos uma Cidade melhor. E aí, nós vemos, muitas vezes, que ficamos atrelados à lei, à norma, a uma licitação, que, se não é feita, é batido aqui, e com razão. Temos que ter responsabilidade, temos que ter licitação, e nem sempre, infelizmente, quem ganha uma licitação tem competência. Basta ver os lotações da Restinga, que queremos, há horas, e já passamos por não sei quantas pelo Poder Judiciário. E basta ver algumas obras, assim como foi a obra da Frei Germano. Uma empreiteira que não tinha a mínima condição, mas ganhou! Entrou com todos os requisitos que precisa para uma licitação, com uma clareza, e não teve competência! Não teve competência. E aí o DEP está lá tentando, há horas, justificar, infelizmente, um ato de uma licitação de alguém que não tem competência.

Então, nem sempre a culpa é da Secretaria, nem sempre a culpa é do Governo. Não vamos confundir: o Prefeito é José, e não São Pedro. Até logo, senhores. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, nós, hoje, tínhamos agendada uma audiência pública para tratar da cobrança do ISSQN na alocação de mão de obra. Em razão dos acontecimentos na Cidade, a audiência foi cancelada, mas a representação nacional da Asserttem, que é a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Tercerizáveis e de Trabalho Temporário, acabou vindo a Porto Alegre. Temos aqui também a representação do Estado. Então, a nossa sugestão é aproveitarmos a vinda dessas autoridades do segmento para conversar e até evitar a possibilidade de convocar novamente audiência para os próximos dias. A minha sugestão é de que V. Exa. determine um grupo para recebê-los e um local onde possamos conversar.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Por favor, Ver. Bernardino, Vice-Presidente, o senhor mesmo pode e deve recebê-los, em nome da Casa, lá na presidência. Assim que encerrarmos as nossas atividades, iremos até lá. Sejam bem-vindos. O Ver. Bernardino os receberá com algum outro Vereador que deseje discutir o tema.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu requeiro que o Ver. Delegado Cleiton retire a expressão “que a senhora quer se adonar”, porque, primeiro, não corresponde, pelo menos, à atitude dele até agora; e, segundo, porque acho que o Ver. Delegado não sabe que o projeto é de 14 de agosto de 2012 e que não acredito que tivesse qualquer escola com brinquedo adaptado, à época. Então, eu solicito ao Delegado que recomponha a verdade.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Feito o registro.

O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Primeiramente, Sr. Presidente, quero dar as boas-vindas às autoridades que vieram para essa audiência do Sescon sobre um importante projeto para esta Cidade.

Nós estamos realmente tratando do assunto do dia, que é essa calamidade: 104 milímetros de chuva – mais do que a chuva prevista para todo o mês. Mas há algumas coisas que nós precisamos esclarecer. Parece-me que o pessoal vem aqui e se adona da verdade. Não é bem assim, cuidado! Por exemplo, o projeto lá da Rua Andorinhas, no Ipê II, no loteamento Herófilo de Azambuja, já está com o edital de licitação pronto, efetivamente o projeto já está pronto, o projeto foi feito e pago pela Rossi, que deveria fazer uma bacia de contenção acima e não fez, na época. E agora há um problema muito sério lá no loteamento Herófilo de Azambuja, mas ninguém fala. E o Ver. Comassetto, que é um engenheiro extremamente competente, não pode esquecer que tem uma lei que a gente não trata aqui nesta Casa, que é a lei dos vasos comunicantes. Ora, se a saída de vários arroios para o arroio Dilúvio, que, vamos chamar assim, é o arroio-mãe, é lá muito embaixo, e se o nível do arroio sobe, a água dos outros arroios que lá desembocam fica represada, ou seja, volta para a sua base. E é exatamente o que aconteceu lá no Herófilo de Azambuja, no Ipê II: a água foi represada. Por quê? Porque a água do Dilúvio subiu num nível bastante elevado, inclusive com retenção sobre as pontes. E as pontes da Perimetral foram feitas pelo PT, abaixo do nível – é só ir lá e examinar as pontes – e estão represando as águas também e retendo imensa quantidade de lixo. Não é verdade que a Prefeitura esteja pagando R$ 5 mil diárias de multa porque o Ministério Público deu novo prazo para o DEP.

Presidente, estive lá no Lami neste fim de semana, fotografei o arroio Manecão, onde existe excesso de lixo. O excesso de lixo é visível. Nós temos algumas bacias de contenção assoreadas. O Ministério Público não deixa retirar a areia contaminada porque não tem lugar autorizado pela legislação para depositar essa areia contaminada. Aí, então, nós temos problemas na bacia aqui do Parque Marinha, na Praia de Belas, de onde não podemos retirar areia contaminada; não podemos fazer lá onde houve alagamento, lá na Morada do Sul, lá na Hípica, com duas bacias de contenção assoreadas – tenho um pedido do dia 16 de setembro pedindo para desassorear, e o DEP me respondeu que o Ministério Público não deixa retirar a areia. Nós temos problema na bacia de contenção lá na Cavalhada – a mesma coisa. Não podemos retirar a areia que transborda e alaga, inclusive, um colégio público estadual nas proximidades.

Nós temos problemas sérios, sim. Temos excesso de chuva, regulamentação forte, através do Ministério Público, que não permite a retirada da areia. Temos problemas com licitações. Temos, mas espero que este assunto esteja já no limite final dos problemas. O DEP tem à sua disposição R$ 237 milhões para obras contra cheias na nossa Cidade. Os projetos já estão em andamento, em breve isto será devidamente solucionado. Então, realmente temos problemas, lamentamos sinceramente que houve muitos prejuízos, sem dúvida, e isso nós lamentamos. Mas são problemas de intempéries, excesso de chuva e também problemas de excesso de burocracia. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, vou dizer uma frase popular: quando há uma discussão ente marido e mulher, geralmente, quem não quer se meter diz que os dois têm razão. Eu moro na Zona Norte de Porto Alegre, nasci no Morro da Cruz, no Partenon, e desde que me conheço por gente aquela região alaga. Moro na Zona Norte há 30 anos e desde que me conheço por gente aquela região do Obirici, São João, Sarandi, alaga. Então, não é A, B ou C, acho que é um problema estrutural da nossa Cidade, principalmente quando libera os grandes empreendimentos. A Cefer e o Ipê não alagavam, nós liberamos, era uma região que tinha em torno de cinco mil pessoas que moravam e hoje tem mais de 50 mil pessoas morando, e a rede pluvial é a mesma de há 60 anos.

Acho que essa é a grande discussão nesta Casa quando liberamos grandes empreendimentos, e já vou fazer um alerta para ficar nesta Casa, nas notas taquigráficas, que a próxima região a alagar em Porto Alegre será a Protásio Alves lá no Morro Santana, antigo estádio do Cruzeiro, onde já existe o condomínio Piratini, e agora está sendo construído mais um grande condomínio, e as galerias de esgoto cloacal, fluvial são as mesmas de 30 anos atrás, quando eu morava naquele bairro. Então, nos preparemos. Temos que buscar as soluções, não só fazer as denúncias aqui nesta Casa.

E eu venho novamente nesta tribuna alertar todos os Vereadores – Nedel, Bernardino, Mario Fraga, Mônica Leal, Guilherme Socias Villela, Fernanda Melchionna, Pedro Ruas, Paulinho Motorista – e o nosso Presidente, Ver. Dr. Thiago, que dia 11 de janeiro de 2014 é o prazo limite para a Prefeitura de Porto Alegre, através da Secretaria da Saúde, resolver a questão do Programa de Saúde da Família. Através do IMESF, a Prefeitura já tirou todos os funcionários do Instituto de Cardiologia. Nós temos dois concursos que foram feitos. Desses dois concursos, as pessoas não foram aproveitadas, e o Tribunal de Justiça deu um prazo limite para a Prefeitura: para, até o dia 11 de janeiro, tirar todos os funcionários do IMESF que atuam no Programa de Estratégia de Saúde da Família.

Nós não podemos permitir que o povo de Porto Alegre, do mês de janeiro em diante, fique sem assistência médica. Principalmente, os cofres públicos do Município, nosso Líder do Governo, Ver. Airto Ferronato, e nosso Vice-Líder, Ver. Mario Fraga, não suportam o contrato emergencial. Porque o que nós estamos vendo é que isso está se desenhando.

A Prefeitura, através da Secretaria, não toma nenhuma medida de validar os concursos que já foram feitos e de chamar esse pessoal que já fez o concurso. Não há nenhuma medida prática para isso, nosso Presidente, Ver. Dr. Thiago, e o que se vê, o que se desenha no fim do túnel é um fim catastrófico, é um contrato de emergência. Eu acho que nós temos que ficar atentos. Existem dois concursos na Prefeitura que foram feitos, várias pessoas foram aprovadas, atingiram os índices necessários, várias pessoas já têm experiência no Programa de Saúde da Família, os próprios funcionários do IMESF fizeram concurso público para entrar no IMESF.

O que nós não podemos é deixar a população de Porto Alegre à mercê de não ter o Programa de Saúde da Família e também deixar os cofres públicos à mercê do contrato emergencial. É imprescindível que esta Casa tome uma atitude, é imprescindível que a Secretaria de Saúde do Município de Porto Alegre comece a tratar desse assunto com rapidez e dê uma certeza e uma tranquilidade à população de Porto Alegre, porque as coisas andam muito rápido. Janeiro está batendo à nossa porta, o mês de dezembro é um mês que voa, e dia 11 de janeiro já está aí e nós não podemos deixar a população de Porto Alegre sem um programa tão importante para a saúde pública como é o Programa de Estratégia de Saúde da Família. Com força e fé nós vamos seguir tentando melhorar a vida da população de nossa Cidade e dos trabalhadores. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero dar os parabéns ao Emerson, que representa aqui a EPTC. Hoje eu vi a orientação do Secretário, e acho que foi muito importante naquele momento mais crucial em que estávamos sofrendo com as chuvas. Quero dizer ao Ver. Janta que efetivamente esta Casa tem tomado, já tomou, e inclusive V. Exa. participou, da necessária manutenção que era o conveniamento antigo com o Instituto de Cardiologia, porque já prevíamos esta dificuldade que V. Exa. está mencionando, de janeiro, e certamente estamos muito alertas a esta questão da possibilidade da descontinuidade do Programa de Saúde da Família em Porto Alegre. Muito alertas e muito preocupados, pois sabíamos que isso poderia ocorrer, baseado naquele rompimento abrupto, intempestivo, açodado que foi feito com o Instituto de Cardiologia. Parabéns pelo pronunciamento, Ver. Janta.

Visivelmente não há quórum. Encerramos a presente Sessão convidando todos os Vereadores para, na quarta-feira, participarem da Sessão plenária, e a comunidade porto-alegrense e os próprios trabalhadores a participarem da Semana de Consciência Negra deste Legislativo, uma semana muito rica e que certamente vai fazer com que possamos refletir sobre os territórios negros. Muito obrigado.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h42min.)

 

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